TINTA COM EFEITO DE REVESTIMENTO REDUZ A EMISSÃO DE CO2

Produto desenvolvido pela Nasa pode ser utilizado em prédios comerciais e residenciais e em instalações industriais sustentáveis.

Além de reduzir as chamadas ilhas de calor nos grandes centros urbanos, pintar as coberturas de branco reduz o consumo de energia do empreendimento e a emissão de gás carbônico. O laboratório americano Lawrence Berckley National estima que para cada 100 m2 pintados de cores claras são compensadas dez toneladas de emissão de CO2 por ano.

Os telhados claros também contribuem para a economia de energia. Dados da Environmental Energy Technologies Division, dos Estados Unidos, mostram que os revestimentos brancos são capazes de refletir de 70% a 80% de energia do sol e diminuem o gasto com ar condicionado em até 20%.

Contudo, o diretor da Nanotech do Brasil, José Faria, argumenta que para que haja de fato esse efeito é preciso que seja utilizada urna tinta que tenha propriedades além das convencionais encontradas no mercado. Ele explica que a empresa, especializada em tecnologias em revestimento térmico e acústico, desenvolveu uma tinta que tem essa característica.

“Ela pode ser aplicada em telhados e coberturas para diminuir a temperatura de empreendimentos comerciais e residenciais”, afirma, lembrando que sua espessura chega a ser 200% superior à das tradicionais.

Faria argumenta ainda que o laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) atesta que o índice de refletância do sol do Nanothermic 1 — produto adequado para telhados é de 90%. Isso representa redução térmica de 30% no interior do ambiente. “Com isso, é possível reduzir de forma significativa o uso de ar condicionado”, explica Faria.

Os benefícios das coberturas claras, entretanto, só serão eficazes se a tecnologia emprega da também não agredir o meio ambiente e permitir fácil aplicação e manutenção, aponta o empresário.

Segundo ele, a maioria dos produtos disponíveis no merca do possui capacidade refletiva que se mantém por pouquíssimo tempo. “Limpar e retocar a pintura dos telhados constante mente, além de causar transtorno ao proprietário, não é nada sustentável”, diz.

Para ele, ao falar em telha dos claros é preciso que haja preocupação com a matéria-prima utilizada. “Nossa proposta é inovar com foco sustentável”, argumenta.

Tecnologia

De acordo com Faria, a tecnologia usada foi desenvolvida nos anos 1960 pela Nasa, nos Estados Unidos, e por isso tinha um custo muito elevado para ser comercializada no Brasil.
“Um galão de 18 litros tinha um custo de R$ 2 mil. Por conta disso, ela era utilizada apenas para pintura de teto de carro forte. Apenas em 2007 consegui produzir o produto diretamente aqui”, explica.

Hoje, Faria diz que essa tinta pode ser utilizada na construção civil, em prédios sustentáveis, além também de poder ser aplicada em indústrias. “Já fizemos sua aplicação em barcos, caixas eletrônicos, contêineres, caminhões-baú e armazém lonado”, conta.

Agora com a produção nacional, a aplicação da tinta tem um custo médio de R$ 25 a R$ 28 o metro quadrado.


Fonte -Fonte:Brasil Econômico

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