O risco de déficit de energia em 2015 nas regiões Sudeste e Centro-Oeste é 4,7% e na Região Nordeste, o risco é 0,8%. Os dados foram apresentados na última quarta-feira (8) após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Para este ano, o risco de déficit de energia continua igual a zero nessas regiões. “As condições de suprimento de energia do Sistema Interligado Nacional mantiveram-se estáveis, como previsto, em relação ao mês anterior”, diz nota divulgada pelo grupo.
No balanço anterior, feito no início de setembro, o comitê havia calculado em 4,8% o risco de faltar energia nas regiões Sudeste e Centro-Oeste em 2015 e de 0,5% no Nordeste. O critério estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética estabelece um risco máximo de 5%. Segundo o comitê, o sistema elétrico apresenta-se estruturalmente equilibrado, devido à capacidade de geração e transmissão instalada no país.
No mês de setembro, choveu acima do normal na maior parte da Região Sul. Nas bacias hidrográficas dos rios Uruguai, Paranapanema e Paraná, as chuvas ficaram na média e nas demais bacias hidrográficas foram registradas chuvas abaixo do normal. Segundo o CMSE, o fenômeno El Niño continuará nos próximos meses, o que irá resultar na continuidade de chuvas na Região Sul com valores normais ou acima da média histórica.
“Outras avaliações de desempenho do sistema, utilizando-se o valor esperado das previsões de afluências e anos semelhantes de afluências obtidas do histórico, confirmam a garantia do suprimento no ano de 2014, uma vez que se dispõe atualmente de um parque de geração termelétrico significativo, que vem sendo utilizado como complementação à geração hidrelétrica”, diz a nota do comitê.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico foi criado em 2004 com a função de acompanhar a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético no país. Participam do grupo representantes de órgãos como o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Fonte -Fonte: Agência Brasil / Sabrina Craide