O setor da construção civil é sabidamente um dos que mais provoca impactos ambientais. Para reduzir esses danos, uma tendência que ganha destaque cada vez maior em todo o mundo é o chamado Retrofit. Alguns exemplos de ações que vem sendo adotadas de forma crescente nas obras são o ajuste do funcionamento de luminárias e abajures para proporcionar a luminância ideal predisponente à maior produtividade no ambiente de trabalho, troca de reatores modernos, instalação de sensores de presença/ausência, ajuste de torneiras via temporizador e volume do jato de água das torneiras com instalação de arejadores, adaptação de válvulas duo-flush nos vasos sanitários, conscientização dos usuários e destinação correta de resíduos para manufatura reversa. São práticas sustentáveis que não custam muito e que podem gerar substancial economia anual além de diminuir a pressão sobre a extração de novos recursos naturais.
A tendência é visível: nos EUA, o mercado da construção sustentável saltou de U$10 bi para U$236 bilhões em apenas oito anos. E essa tendência do Retrofit Verde crescerá de três a cinco vezes nos próximos cinco anos devido a grandes projetos verdes de modernização. Harvey Bernstein, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da McGraw-Hill Construction, de Nova Iorque, tem afirmado que a eficiência energética dos projetos deve se tornar a norma. No Brasil, a expectativa é de que, já em 2013, quase metade das edificações comerciais estejam aplicando critérios de sustentabilidade nas edificações.
Em Curitiba, duas construtoras e incorporadoras acabam de unir esforços, como empresas coligadas, para atender a demanda do mercado corporativo de Retrofit: A Sustentábil e a TeixeiraEC1Hak selaram um acordo operacional para potencializar os serviços com o propósito de acelerar a adoção desse novo ‘olhar verde’ no setor da construção civil. A inspiração veio de ações ousadas que chamaram a atenção no mundo: o Retrofit verde promovido no Empire State Building, em Nova Iorque, que hoje economiza milhões de dólares ao ano; e a decisão inovadora da prefeitura de Atlanta, na Geórgia, de não mais construir ou alugar edifícios novos, mas sim “retrofitar” os prédios públicos antigos.
Além de reduzir em cerca de 30% o uso de energia e em 50% o uso de água, o Retrofit é também uma boa solução comercial: pode aumentar em até 10% os valores para venda de empreendimentos e também de locação. Isso tudo além de reduzir os impactos provocados pelas novas edificações: estima-se que 40% de toda extração da natureza seja destinada à indústria da construção civil, e que 50% da energia gerada seja para o funcionamento das edificações. Além disso, metade dos resíduos sólidos urbanos são produzidos pelas construções e demolições.
Entre os serviços diferenciados da Sustentábil e da TeixeiraEC1Hak estão o planejamento sustentável da obra e consultoria em critérios de sustentabilidade; execução de obras corporativas, como as instalações industriais e comerciais; gerenciamento sustentável de contratos de execução; incorporação de condomínios ‘green’ e a modalidade ‘built to suit’; e o gerenciamento de interfaces de sustentabilidade na obra – estabelecendo parcerias estratégicas com construtores e gerenciadoras.
Fonte -Procel