Rede de gás canalizado de Niterói passa por expansão

Rede de gás canalizado de Niterói passa por expansão

Concessionária faz obras de interligações em pontos de Piratininga e Camboinhas, na Região Oceânica, e prevê mais 12 novos postos de GNV na cidade

Com 52 mil residências conectadas, a rede de gás canalizado da cidade está em processo de expansão. A Naturgy, concessionária responsável pela distribuição no estado, informou que está investindo cerca de R$ 3 milhões em obras de interligações em pontos entre Piratininga e Camboinhas. Também estão previstos 12 novos postos de GNV para a Região Oceânica, aumentando em 50% o número de postos com esse combustível no município, totalizando 36. Hoje são 24.

De acordo com a Naturgy, as obras têm como objetivo aperfeiçoar o sistema de distribuição de gás na região e ampliar a qualidade do fornecimento aos clientes comerciais e residenciais. Os trabalhos terminam em junho deste ano.

—Niterói é o segundo município do Rio de Janeiro em número de clientes abastecidos com gás natural pela rede da Naturgy e apresenta um grande mercado potencial. Atenta aos mercados em expansão, seguimos modernizando e expandindo as redes existentes. Também estamos atuando para oferecer a infraestrutura de gás canalizado a novas construções, de forma a acompanhar o crescimento imobiliário — destaca a a diretora de relações institucionais da Naturgy, Fernanda Amaral.

Segundo a executiva, no final do ano passado foi realizado um projeto de extensão de 1,3 km, com um investimento de R$ 1 milhão para reforçar e melhorar a distribuição da região de Tribobó, em São Gonçalo, e Piratininga. Também no ano passado, houve outro investimento, de R$ 1,8 milhão, com a construção de um gasoduto de 2,5 km para aumentar a oferta de gás na região de São Gonçalo e garantir melhorias no sistema de distribuição de gás em Niterói. A empresa não informou quais serão os próximos investimentos na cidade, após o término das obras em curso atualmente.

Usuários avaliam

Moradora do Jardim Icaraí, a servidora pública Ivna Cruz destaca o fator segurança, mas critica o valor da taxa mínima cobrada.

— Entendo a questão da segurança que o gás encanado proporciona, mas acho que a taxa mínima é alta. Meu filho acabou de se mudar e paga R$ 66,74 sem usar o fogão, praticamente. O chuveiro é elétrico. Se ele usasse botijão, o gás duraria meses.

A fisioterapeuta Lisa Alonso gosta da comodidade do gás encanado.<EP,1>— Tenho chuveiro a gás e não sei, com relação a valores, se o gás encanado é mais vantajoso. Mas, vendo pela comodidade, acredito que vale a pena — diz.

A concessionária diz que as solicitações de atendimento registradas nos seus canais específicas dos moradores de Niterói são em maioria relacionadas a dúvidas e pedidos de segunda via e não ultrapassam 3% do total.

“Lembramos que os usuários podem solicitar avaliação da sua conta, para checar se existe algum ponto para ser esclarecido. Contas com valores diferentes podem ser ocasionadas por vazamentos e, inclusive, devido ao aumento do uso do chuveiro com água quente, nos meses de inverno, por exemplo. Ressaltamos os benefícios do gás canalizado, tais como o contínuo e ilimitado fornecimento, sem os riscos de interrupção inesperada. Os locais adaptados para o gás natural são vistoriados, seguindo as principais normas de segurança. O consumidor que optar pelo gás natural também ganha no quesito de bem-estar, porque o banho pode se tornar mais prazeroso, com volume de água e na temperatura desejada. No imóvel, há ganho de espaço físico, dispensando o uso de botijões, possibilitando um maior aproveitamento dos espaços na residência, comércios ou áreas comuns dos condomínios. Com o gás natural, o consumidor realiza o pagamento somente após o consumo, através de uma conta individual”, observa a empresa em nota.

O que diz a lei

Os consumidores não são obrigados a adotar o gás canalizado se morarem em casas, diz a Naturgy.

“Esta é uma livre escolha do cliente. O gás natural tem sido cada vez mais procurado pelos consumidores por conta de seus benefícios em comparação ao gás de botijão. O antigo Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (Coscip) determinava que os prédios situados em ruas atendidas por gás canalizado somente poderiam ser supridos por gás canalizado, por questões de segurança. Contudo, a legislação foi alterada, e o novo Coscip agora não proíbe a utilização de gás de botijão e cilindro, mas veda a utilização no interior dos apartamentos e determina que sejam observadas as normas técnicas de segurança emitidas pelo Corpo de Bombeiros”, explica a empresa.

Fonte: GLOBO.COM

Autor: Lívia Neder

Foto: Divulgação/Guilherme Leporace

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