PESSIMISMO DA INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO É O MAIOR DESDE 1999

A perspectiva de desempenho das empresas da construção atingiu em maio o menor nível em quase 16 anos, passando de 37,1 para 35,9 pontos, muito abaixo da linha divisória dos 50 pontos, de acordo com a Sondagem Nacional da Indústria da Construção Civil divulgada nesta sexta-feira (12).

O indicador registrou queda de 3,2% na comparação com o levantamento anterior, realizado em fevereiro, e de 19,7% no acumulado dos últimos 12 meses.

A avaliação dos empresários em relação ao desempenho atual dos negócios também recuou, passando de 37,7 para 34,5 pontos. O resultado representa queda de 8,6% em relação a fevereiro e de 22,7% em 12 meses, atingindo o pior patamar desde novembro de 1999.

Para o resultado negativo desse indicador contribuiu especialmente o quesito situação do emprego. Em abril, as empresas da construção já registraram retração de 9,2% no estoque de trabalhadores, com a demissão de mais de 300 mil trabalhadores em 12 meses. Outro fator que influenciou a queda do índice de desempenho atual foi a dificuldade financeira das empresas, que atingiu o pior nível desde 1999 passando de 60,5 para 69,7 pontos e representando encarecimento de crédito.

Segundo o SindusCon-SP, os resultados refletem o agravamento das expectativas dos empresários da construção diante da crise econômica nos primeiros meses do ano, quando foram anunciados cortes de R$ 25,7 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de R$ 5,6 bilhões no Minha Casa, Minha Vida no Orçamento da União.

Para o presidente da entidade, José Carlos Martins, “as empresas vivenciaram um período de crescimento forte no setor até 2013 e muitas investiram com a perspectiva que o desenvolvimento fosse mais sustentado. O cenário no curto prazo está deteriorado. Soma-se a isso a forte restrição ao crédito e o aumento da inflação, dos juros e do desemprego”.


Fonte -Fonte: PINI

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