PAÍS PRECISA DE MAIS TÉRMICAS DE BASE PARA AMORTECER PLD, AVALIA THYMOS

A falta de térmicas de base, ou seja, com Custo Variável Unitário mais baixo, faz com que o PLD varie muito dependendo da quantidade de usinas despachadas. Segundo João Mello, presidente da Thymos Energia, existem muitas usinas com valor superior ao teto fixado de R$ 822,83/MWh.

“Na pilha térmica faltam térmicas de base. Se quiserem despachar mais de 10 mil MW médios, o custo passa a ser muito alto e o PLD sobe”, disse. Para ele, aumentar a contratação de térmicas com CVU mais baixo pode ser uma saída para estabilizar o preço de curto prazo em patamares menores, principalmente agora que o Operador Nacional do Sistema Elétrico ressalta que as térmicas terão um despacho mais contínuo. Para esse segundo semestre de 2014, o despacho previsto pelo ONS fica entre 14 mil e 16 mil MWmed, o que indica PLD em patamares mais altos, já que o CMO calculado ficará entre R$ 580/MWh e R$ 630/MWh no período.

Pelos cálculos da consultoria, a probabilidade em 2015 dos preços ficarem abaixo de 200/MWh é de 30%. Já entre 2016 e 2018 a probabilidade já alcança 60%. “Isso significa que 2015 será um ano em que se está reestocando água”, declarou Mello, que participou nesta terça-feira, 22 de julho, do Fórum CanalEnergia: Risco Hidrológico e Cenários para o PLD 2014/2015.

Um PLD alto preocupa os geradores de energia, que terão que recompor lastro caso a energia gerada pelas hidrelétricas seja menor que sua garantia física. A consultoria calculou que a exposição dos geradores para este ano deve ficar em torno de R$ 20 bilhões. O montante bate com as contas realizadas pela Abrage. Um estudo realizado pela associação há dois meses mostra que o impacto para o gerador em 2014 pode variar entre R$ 20 e R$ 24 bilhões. “Esse valor é muito alto em relação a receita de venda”, apontou Guilherme Velho, conselheiro da Apine.


Fonte -Fonte: CanalEnergia / Carolina Medeiros

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