O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), registrou variação de 0,22%, sendo 0,03 ponto percentual maior do que a registrada na última avaliação.
Cinco das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. O principal destaque partiu do grupo alimentação (0,84% para 0,96%). Nessa classe de despesa, vale citar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja variação passou de 8,54% para 12,29%.
Também tiveram acréscimo os grupos despesas diversas que passou de 0,01% para 0,34%, com influência principal do aumento dos preços da tarifa postal (4,86% para 6,91%); comunicação, que passou de 0,03% para 0,12%, influenciado pela tarifa de telefone residencial (0,12% para 0,38%) e habitação que aumentou de 0,13% para 0,16%, que teve como principal item a mão de obra para reparos em residência (0,77% para 1,16%).
Ainda nessa sequência, aparece o grupo transportes que passou de -0,54% para -0,46%, tendo nos preços de automóveis novos (-3,20% para -1,92%) sua principal influência.
Entre os grupos que registraram queda estão vestuário (-0,06% para -0,50%), educação, leitura e recreação (0,23% para 0,16%) e saúde e cuidados pessoais (0,36% para 0,31%) registraram decréscimo em suas taxas de variação.
Nessas classes de despesa, destacam-se o comportamento dos itens roupas (-0,33% para -0,61%), passagem aérea (-1,56% para -2,46%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,13% para -0,06%).
O economista da Ibre/FGV Paulo Picchetti explicou que o índice desta semana ficou um pouco acima do esperado para o período, que costuma ter inflação baixa e muitas vezes deflação, como ocorreu nos dois anos anteriores. “Neste ano o item alimentação, que pesa bastante e anteriormente chegou a mostrar recuo, este ano está com aumento considerável”.
Segundo ele, o item já vinha com os preços em elevação, mas registrou os maiores avanços na primeira e segunda semana de julho. “Prova disso é que, no fechamento de junho, a alimentação estava com 0,74% de variação”. O aumento pode ser atribuído aos itens in natura devido às condições de oferta provavelmente em função do clima. “Deve haver um recuo, mas é difícil precisar o momento”.
Fonte -Fonte: Agência Brasil / Flávia Albuquerque / Edição: Lílian Beraldo