MAIS MODERNO, MENOS ACESSÍVEL

Os que puderam experimentar a viagem inaugural do novo trem chinês do metrô no Rio de Janeiro, que circula desde o dia 24 de agosto, desembarcaram do vagão com muitas reclamações. Principalmente, os cadeirantes e idosos.
Nesta fase de testes, durante horários de pouco movimento, entre todos os problemas revelados pelos passageiros, o desnível entre o vagão e as plataformas de estações ganhou destaque nos jornais e revistas.

Este é um problema que afeta diretamente a questão da acessibilidade na cidade, já que os cadeirantes, idosos e portadores de deficiências de diversos tipos encontram mais dificuldades de transporte, são obrigados a exercer um esforço maior para utilizá-lo e, o que é pior, se tornam menos independentes.

Ainda que com todo este clima de modernização da cidade devido, principalmente, aos Jogos Olímpicos, a urbanização carioca continua carecendo de eficientes alternativas para esta parcela da sociedade. É inadmissível que uma cidade tida hoje como Patrimônio Cultural da Humanidade não consiga resolver uma questão básica como esta. Também não é demais lembrar que o Brasil sabe produzir vagões para metrôs e trens.

Em tempos de eleições municipais, a situação preocupante evidenciada nos novos trens chineses do metrô é mais uma prova de que precisamos completar nossa atenção do Rio moderno e futurístico do horário eleitoral enxergando outros aspectos do Rio do presente: buracos, poucas rampas nas calçadas e transporte irregular.


Fonte -Fonte: CREA-RJ

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