O secretário de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, afirmou que o momento não é favorável para a realização de um leilão para comercializar energia solar.
Segundo ele, é melhor esperar um ou dois anos, já que os preços estão caindo. A diferença de preços entre a energia solar, que ficariam em torno de R$ 350 por megawatts-hora em um momento em que outras fontes são vendidas por R$ 100 é muito grande, de acordo com o executivo. Ele acredita que em cerca de cinco anos os preços para a energia eólica estejam mais viáveis.
“Neste momento, o contexto não é favorável a um leilão de fonte solar”, disse Altino Ventura durante Fórum sobre energia solar realizado pelo Canal Energia e pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen). “A não se encontre quem vai pagar a diferença, que não seja o consumidor”.
O secretario destacou que as distribuidoras de energia estão sobrecontratadas. Em contrapartida, a economia brasileira não está crescendo como era esperado no passado e, por isso, a demanda por energia está reduzida. “Vivemos um momento em que a demanda nova para contratar fontes está reduzida”, disse. Além disso, ele ressaltou que o Brasil tem outras fontes renováveis importantes e por isso não há urgência para a implantação da fonte solar.
“Na medida em que essa alternativa em termos internacionais se desenvolve você cria condições de economia de escala que permitem que haja redução de custo”, disse. “Nosso plano decenal ainda não está explícito ainda, porque não temos esse sinal de preço, não temos leilões definidos para essa alternativa, mas tudo indica que vamos ter a energia solar na matriz energética, não há nenhuma dúvida disso”, destacou o executivo.
Fonte -Fonte: Valor Econômico / Marta Nogueira