GE APOSTA EM INOVAÇÃO NOS SEGMENTOS DE GTD COM NOVO CENTRO DE PESQUISAS NO BRASIL

A GE está apostando na inovação para os segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Com a inauguração do Centro Global de Pesquisas da companhia no Rio de Janeiro, no Brasil, a empresa trabalha no desenvolvimento de tecnologias, que podem melhorar o setor elétrico no país. Alexandre da Silva, líder da área de Sistemas Inteligentes da GE, conta que no caso das energias renováveis, o foco está na eficientização do parque eólico. Ele diz que a empresa está estudando no centro neste momento como tornar todo o conjunto de turbinas com a melhor coordenação possível, de forma a aproveitar ao máximo a conversão do vento em energia elétrica, aumentando o fator de capacidade dos parques eólicos.

“Nós trabalhamos no sentido de eficientizar a geração do parque como um todo. E tem várias tecnologias agregadas do ponto de vista de coordenação das turbinas, prover armazenamento local, para tornar a energia do parque mais firme e não ficar ao sabor do vento”, conta o executivo. A GE ainda não descarta estudar a fonte solar no centro de pesquisa. Silva conta que isso dependerá da Agência Nacional de Energia Elétrica, que poderá lançar um projeto estratégico em energia solar concentrada. “Se isso acontecer, a gente tem interesse em entrar nesse segmento também. O mercado de eólica hoje é predominante e o de solar ainda está em desenvolvimento”, aponta.

Na parte de geração, ainda atua no setor de turbinas térmicas a gás, que servem não só ao mercado offshore, mas principalmente ao mercado onshore. O executivo conta que a ideia é atuar em parceria com outros negócios da GE para tentar apoiá-los em outras iniciativas e na instalação de novas termelétricas. “Novamente aqui, o foco é mais disponibilidade, mais eficiência energética para as turbinas a gás”, comenta.

A maior atuação da GE em terra, de acordo com Silva, está na parte de distribuição, visto que a empresa tem um grande portfólio de equipamentos. O que está sendo trabalhado no momento, conta o executivo, é a parte de monitoramento e diagnóstico das redes de distribuição. A ideia é aumentar a disponibilidade dos equipamentos e, consequentemente, reduzir as interrupções de energia. “Isso é crítico no cenário brasileiro, onde várias concessionárias são penalizadas por indisponibilidade. Nós temos uma linha em desenvolvimento visando exatamente aumentar a disponibilidade desses equipamentos, com sensores inteligentes e softwares para diagnóstico avançado para estimativa de vida útil que o equipamento ainda terá a partir de uma certa condição operativa”, explicou.

A transmissão em corrente contínua também é outro foco da companhia. Nesse caso, os estudos estão mais voltados para uma tecnologia que leve energia para debaixo do mar, no caso na área de subsea. Silva diz que o comprimento dos cabos que estão sendo demandados em função da região do pré-sal estão cada vez mais extensos e com isso, é necessário que haja uma migração da corrente alternada para contínua. Ele explica que as plataformas tem suas usinas a gás gerando energia, mas que essa energia precisa chegar a distâncias cada vez maiores, porque a região a ser coberta no pré-sal é muito grande.

“Não dá para ter um navio de processamento, com unidades de geração, em todos os locais do pré-sal, porque isso do ponto de vista de custo seria inviável. A ideia é que cada uma dessas embarcações tenha cabo de comprimento cada vez maior, que levaria a energia para os sistemas de bombeamento e compressores”, contou o executivo. Ele comentou ainda que a carga que está indo para debaixo do mar está cada vez maior em potência e cada vez mais distante dos navios de processamento, por isso a visão da empresa de que a tecnologia vai migrar de corrente alternada para contínua.


Fonte -Fonte: CanalEnergia / Carolina Medeiros

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