Firjan SENAI SESI oferta serviços tecnológicos e linhas de pesquisas com soluções para as empresas

A Carta da Indústria inicia série de reportagens sobre as parcerias dos Institutos de Tecnologia e Inovação da Firjan SENAI SESI com as empresas, em prol do desenvolvimento do Rio e do Brasil.

Reportagem especial da Carta da Indústria

Carta da Indústria inicia série de reportagens sobre as parcerias dos Institutos de Tecnologia e Inovação da Firjan SENAI SESI com as empresas, em prol do desenvolvimento do Rio e do Brasil.

Diretor executivo da Planaltto Embalagens, Rodrigo de Abreu é um visionário. Exemplo emblemático de empreendedor que está à frente do seu próprio tempo, ele defende a aplicação de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) no seu negócio para a produção de embalagens biodegradáveis a partir de polpa moldada – resultante da degradação das fibras de aparas de papel e papelão misturadas à água – para diversos segmentos da indústria. Em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Química Verde (ISI QV), da Firjan, a empresa vem desenvolvendo projetos com soluções ecologicamente amigáveis, como a utilização de celulose não florestal para acondicionar tanto alimentos como bebidas, sem componente plástico.

Na conquista do mercado global no qual atua, o desafio a que o gaúcho de Cruz Alta se impõe, levando adiante suas ideias inovadoras com o desenvolvimento de uma linha de embalagens não tóxicas e sustentáveis, aproximou a Planaltto do ISI QV para o desenvolvimento de projetos inovadores e disruptivos.

O diálogo com pesquisadores do instituto teve início em 2018, quando a empresa enfrentava gargalos em sua produção, tendo em vista a utilização de equipamentos importados. “Um contato preliminar aproximou nossa empresa da Hewllet-Packard (HP), que nos procurou para auxiliá-la na implantação de uma fábrica, na Espanha, utilizando nossa técnica para acondicionar computadores. Começamos a produzir projetos para os EUA e o Brasil e firmamos parcerias com multinacionais. Porém, surgiu um problema. Para atender o setor de alimentos nos EUA, não é permitida a utilização de celulose reciclada, por norma da Food and Drug Administration (FDA)”, contou ele, que é engenheiro de Comunicações de Fibra Ótica, com experiência como pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Abreu, então, articulou junto ao instituto da Firjan SENAI o desenvolvimento da pesquisa que, ao final, propiciou a criação da celulose não florestal e sem elementos tóxicos para atender a demanda norte-americana com uso de palhas de cana-de-açúcar e milho, braquiária e palha de trigo. O projeto, já concluído, está em processo de patenteamento.

Em desenvolvimento, encontra-se outra ideia, a embalagem hidrofóbica que resiste à aplicação de graxa e não desmancha. Com componentes aprovados pela Anvisa, é 100% biodegradável e compostável, ou seja, não vai criar passivo ambiental, ressalta o empresário, que participa de programas aceleradores na Europa para investidores da Alemanha, Inglaterra, Áustria, Nova Zelândia e Itália.

Tudo começou em 2012, quando a Planaltto Embalagens nasceu como uma startup, a partir da busca pela reutilização de aparas de papel da gráfica da família, que vinha sofrendo perdas desde a virada do século com a chegada da internet. Com pegada disruptiva, Abreu vislumbrou um novo mercado, inicialmente tornando-se um dos maiores do país na produção de embalagens de ovos, frutas e computadores. “Hoje, atendemos 5% do mercado nacional, que demanda 250 milhões de embalagens de caixas de ovos por mês. Disputamos esse mercado no país com quatro grandes concorrentes”, revela.

Pesquisa e serviços tecnológicos

Com uma robusta infraestrutura, capital humano e trazendo soluções práticas para empresas, a exemplo do que vem ocorrendo com a Planaltto, os Institutos SENAI de Inovação e Tecnologia e o Centro de Inovação SESI da Firjan ofertam consultorias tecnológicas e serviços laboratoriais, como também projetos de pesquisa aplicada.

A expressão “update or die” vem justamente ao encontro de empreendedores que buscam o novo, com resolução de problemas para seu crescimento e não “morrer na praia”. A exemplo da Planaltto, muitos empreendedores inovadores pensam fora da caixa e voam alto em busca de tecnologia e inovação para melhorar seus processos de produção e gestão. São estratégias que estimulam a criatividade e potencializam os negócios das pequenas, médias e grandes empresas.

O país precisa, e muito, avançar no Ranking do Índice Global de Inovação (IGI). De acordo com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), o Brasil ocupa a 57ª posição entre 132 países em 2021. O país subiu cinco posições em relação ao ano anterior, mas está 11 posições atrás de sua melhor colocação – 47º – alcançada em 2011. A sinergia entre PD&I e as empresas torna-se, portanto, fundamental para atingir níveis de competitividade para indústria 4.0 e colocar o país no topo desse ranking.

Luiz Césio Caetano, presidente em exercício da Firjan, assegura que a inovação é o caminho. “Deve ser estratégica, incluída na pauta das empresas e incorporada à cultura dos colaboradores nesse processo de internalização de um ambiente tecnológico – assim como, também, a gestão deve investir na capacitação e na requalificação profissional. Por isso, a Firjan se propõe a ser provedora de soluções para impulsionar as indústrias do estado do Rio com ganhos de produtividade e competitividade em níveis nacional e global. Para garantia de uma comunicação on-line eficiente, a Firjan também faz trabalho intenso junto às prefeituras na adequação de legislação específica para implantação do 5G (que vai viabilizar a alavancagem de novas tecnologias como a internet das coisas) para melhorar a comunicação da indústria fluminense em novos negócios com inovação e tecnologia”, avalia.

Alavanca para inovação

Segundo Carla Giordano, gerente Regional de Pesquisas e Serviços Tecnológicos da Firjan, o papel da instituição como parceira estratégica da inovação empresarial é servir de alavanca, de ponte, para o desenvolvimento tecnológico nas empresas. “Atuamos em quatro perspectivas: Radar de Tendências – disseminar e alertar empresas sobre o que acontece no mundo; gestão da Inovação para apoiar líderes sob o aspecto empresarial – ambas desenvolvidas na Casa Firjan; na captação de recursos – conexão com ambiente de inovação; e no desenvolvimento de pesquisa e serviços tecnológicos. É nesse contexto que a Firjan atua no ambiente de inovação e e articula-se com o ecossistema”, afirma.

Carla esclarece que os institutos fazem parte da maior rede privada de apoio à inovação da América Latina. “São 89 Institutos SENAI e oito Centros de Inovação SESI que estão trabalhando com tecnologia e inovação no país. Com essa perspectiva, estamos bem posicionados no arcabouço das competências mais exploradas dentro desse ambiente de tendências e soluções, como inovabilidade e ESG. Atuamos com seis grandes áreas do conhecimento: tecnologias digitais, química, meio ambiente, materiais, saúde e automação industrial. Nosso papel é ser um ator dentro desse grande universo para alicerçar o desenvolvimento tecnológico do nosso país”, explica.

As operações, segundo ela, estão calcadas em dois grandes modelos de negócios: PD&I e serviços tecnológicos. A pesquisa aplicada é desenvolvida pelos Institutos SENAI de Inovação (ISIs), focados em ampliar os níveis de maturidade tecnológica dos projetos. “Desenvolvemos projetos com base na demanda empresarial para resolver seus desafios tecnológicos. Nossa equipe é preparada para compreender as necessidades e encontrar as soluções.” Já os Institutos SENAI de Tecnologia (ISTs) oferecem serviços laboratoriais credenciados pelo Inmetro.

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Fonte: firjan.com.br

 

 

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