EMPRESÁRIOS DA CONSTRUÇÃO MAIS OTIMISTAS COM 2012

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, previu, que o crescimento do setor em 2012 será tão bom quanto foi em 2011, devendo se expandir 5,2%. De acordo com ele, a expansão em 2011 foi de 4,8%, sobre uma base de crescimento elevada, de 11,6% em 2010. “Duvido que a gente cresça menos do que isso (4,8%) este ano, mas para isso será preciso investir”, disse.

A previsão para 2012 parte do pressuposto de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país vai crescer 3,5%. “O setor pode ajudar a manter afastados os efeitos negativos de uma eventual crise”, disse. Conforme Safady, o cenário é positivo para o setor, já que não há problemas com recursos, com regras ou projetos. “Estamos batendo recorde atrás de recorde no setor imobiliário”, afirmou, acrescentando que o nível do uso de recursos de poupança e FGTS já considerados positivos, em 2011, deverão se repetir em 2012.

Safady descartou a possibilidade de existência de qualquer bolha no setor e disse que a construção civil não sentirá os efeitos da crise porque é uma área tratada de forma diferente. Para Safady, o momento é de “olhar para o umbigo” e tratar de incentivos que dêem ainda mais ânimo ao mercado doméstico.

A única preocupação demonstrada pelo empresário é com o início do programa Minha Casa, Minha Vida 2. Segundo ele, parcela de 80% do Minha Casa, Minha Vida 1 será entregue até abril. O temor de Safady é que exista uma diferença entre o fim da primeira fase do projeto e o início da segunda etapa.

Segundo o dirigente, o preço dos imóveis deverá se manter relativamente estável nos próximos anos. “Vimos um aumento significativo no passado recente e houve até excessos que já se acomodaram, mas não vejo motivo para os preços aumentarem e tampouco baixarem”, avaliou. De acordo com o presidente da CBIC, o crédito imobiliário hoje representa 5,1% do PIB, ainda muito distante de países da América Latina, como o México, que hoje está em 12,5%. “Mesmo se dobrarmos o nosso nível, não haverá problemas”, descartou.


Fonte -Fonte: Jornal do Commercio

Compartilhe
Outras Notícias
Newsletter

Cadastre-se para receber nossos informativos.