CRIAÇÃO DE EMPREGOS CAI EM JUNHO PARA 120,4 MIL VAGAS, APONTA CAGED

A economia brasileira criou 120.440 vagas formais de trabalho em junho, informou o Ministério do Trabalho na segunda-feira (23/07). O resultado é 44% inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 215.393 postos de trabalho.

No primeiro semestre de 2012 foram 1.047.914 postos de trabalho com carteira assinada, resultado 25,9% inferior ao do mesmo período de 2011.
Os dados do Cadastro geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho foram divulgados nesta segunda-feira (23/07).

O resultado mensal veio abaixo da média das projeções coletadas pelo Valor Data com sete instituições, que esperava a criação de 147 mil postos, número bastante inferior ao observado no mesmo mês de 2011, quando as admissões superaram as demissões em 215,4 mil. O intervalo entre as estimativas varia de abertura de 127 mil a 175 mil vagas.
No acumulado de 12 meses, o Brasil gerou 1.527.299 empregos com carteira assinada.

Renda:

O salário médio de admissão no mercado de trabalho formal teve aumento real de 5,9% no primeiro semestre de 2012.

No primeiro semestre de 2012, o salário médio dos trabalhadores contratados com carteira assinada foi de R$ 1.002,64 por mês, valor 5,9% superior ao registrado pelo Ministério do Trabalho na primeira metade de 2011.
A conta leva em consideração a inflação registrada no período, ou seja, o resultado apontado pelo governo é em termos reais.

Os maiores saltos nesta comparação foram registrados nos Estados do Acre (13,4%), Sergipe (9,9%), Pará (9,1%) e Rio Grande do Norte (8,9%).
Já em termos regionais, o aumento no salário médio de admissão foi de 5,8% no Sudeste, com acréscimo em São Paulo de 5,1%.

Na região Norte, o salário médio real de admissão teve a maior variação (7,2% na comparação entre o primeiro semestre de 2012 e igual período do ano passado).
Ali, porém, o Estado de Roraima registrou o menor aumento em todo o país, de apenas 2,3% na mesma comparação.

Por setores:

O setor agrícola foi o principal responsável pelo saldo de 120,4 mil vagas formais criadas em junho. Este ramo da economia gerou 60,1 mil novos postos no mês passado – quase metade do registrado em todo mercado de trabalho brasileiro.
Foi o dobro do desempenho do setor de serviços, que no mês gerou 30,1 mil empregos com carteira assinada.

A indústria de transformação criou, segundo o Ministério do Trabalho, um “resultado modesto” em junho – apenas 9,9 mil vagas formais. Apenas seis dos 12 ramos da indústria tiveram saldo positivo de emprego formal no mês passado.

Os principais saldos negativos foram na indústria metalúrgica (-1.785 postos) e na indústria de material de transporte (-1.064 postos).

Já os positivos ocorreram na indústria de produtos alimentícios (+9.349 postos) e na indústria química (+2.676 postos).
O setor de comércio registrou saldo positivo de 11 mil empregos formais no mês passado.

A construção civil criou saldo de apenas 4,2 mil vagas de trabalho em junho, resultado superior apenas ao segmento de serviços industriais de utilidade pública (com saldo de 2,1 mil), administração púbica (saldo de 1,4 mil) e o setor extrativo mineral, que registrou criação de 1,2 mil empregos formais no mês passado.


Fonte -Fonte: Valor Econoômico / Thiago Resende e João Villaverde

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