Previsão foi feita pelo CPTEC/INPE.

O próximo período úmido deverá transcorrer dentro da normalidade, afirmou o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, com base em previsões feitas pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE), órgão do Ministério de Ciências e Tecnologia.

“Clima é algo que não se pode afirmar. Eles [técnicos do CPTEC/INPE] colocaram hoje que existe uma possibilidade razoável de que a estação úmida proceda dentro da normalidade. Ou seja, em meados de setembro acontecerá o início ou pelo menos a transição para a estação chuvosa, com a tendência de atingir a normalidade, como em anos normais. Mas certeza a gente nunca tem”, disse Chipp, após a abertura do Brazil Wind Power, no Rio de Janeiro, deixando claro que ainda não é possível prever um prazo para recuperação dos reservatórios hidrelétricos.

As reuniões entre o ONS e o órgão de meteorologia acontecem quinzenalmente, sendo que a próxima está marcada para 02/09, na véspera do encontro do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).

CESP X ONS

Para Chipp, a polêmica envolvendo ONS E CESP, empresa controlada pelo Governo de São Paulo, é um “problema de energia de relevância máxima” e cada parte procurará defender os seus interesses. “Não vamos prejudicar sem necessidade o atendimento local, seja ele o da agropecuária, da jusante de Três Marias, da hidrovia Tietê-Paraná. Até porque não é só a relativização de um problema local ou de um problema nacional, de desmerecer o que eles estão vivendo lá. O abastecimento humano é prioridade estabelecida na Lei”, disse.

De acordo com Chipp, no caso da hidrovia Tietê-Paraná, em Ilha Solteira, por exemplo, essa priorização não é adequada. “Embora aumente o custo e a gente compreende que aumenta o custo ou reduz o lucro, eles tem a alternativa, que é a rodovia. Para garantir o abastecimento [de energia elétrica], nós só temos uma opção, que é preservar os reservatórios”, disse.

Fonte -Fonte: Jornal da Energia / Maria Dominguez