CALOR ELEVA A CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA

Para enfrentar os dias e noites de calor intenso em Rio Preto só mesmo recorrendo ao ar-condicionado. Mas, se por um lado o clima fica mais agradável, a conta de energia elétrica aumenta.

De acordo com a CPFL Paulista, o uso dos aparelhos de ar-condicionado pode significar 30% do valor da conta. Sem contar os ventiladores.

Quem já sentiu diferença foi o empresário Eduardo Mardegan, que mora com a avó, Maria Ignêz Arruda. O apartamento onde vivem tem cinco aparelhos de ar-condicionado: um em cada quarto, um no escritório e outro na sala. A conta de janeiro já veio mais salgada, R$ 250, com o consumo de 625 kwh. Em dezembro, a conta havia sido de R$ 170, com consumo de 442 kwh.

Em relação a setembro, o consumo mais que dobrou, já que naquele mês o gasto da família havia sido de 300 kwh de energia. “O maior uso é de dia, na sala e no escritório. Não tem como enfrentar esse calor. Nem o computador funciona direito.”

A CPFL Paulista não divulga frequentemente dados sobre aumento ou queda do consumo. Essa informação é apenas trimestral, seguindo a legislação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por ser uma empresa de capital aberto.

Para tentar minimizar os gastos com refrigeração, a CPFL dá algumas recomendações. A primeira é escolher os condicionadores de ar que possuem o Selo Procel Eletrobras, que consomem de 12% a 26% menos energia. É importante também fazer a manutenção periódica do eletrodoméstico, realizando a limpeza do filtro de ar. E adquirir o hábito de desligar o aparelho sempre que os moradores se ausentarem do ambiente.

Mercado em alta


A cadeia mercadológica que trabalha com ar-condicionado está aquecida em suas diferentes vertentes, desde a venda, passando pela instalação até a manutenção do equipamento. Na loja Ar-Show, segundo o proprietário Pedro Pereiras, são vendidos, em média, dez aparelhos por dia. O preço varia de R$ 1 mil a R$ 2,5 mil. “A gente vende de todos os tipos, mas o que sai mais é mesmo o split”, afirma.

A febre dos ar condicionados modelo split, considerados mais modernos, bonitos e silenciosos do que os aparelhos de parede, movimenta também outros elos dessa cadeia. O primeiro é o instalador do aparelho, que precisa ser alguém capacitado. Muitas vezes o consumidor chega a se surpreender com o custo do serviço, que em Rio Preto varia de R$ 180 a R$ 400, dependendo do profissional contratado.

O tempo de espera para instalação do ar-condicionado também pode variar de três a dez dias. O prazo varia conforme o preço do serviço.

A manutenção do Split também é mais cara, pode chegar a R$ 300, incluindo a retirada do aparelho. O custo do serviço do ar de janela varia de R$ 120 a R$ 150. “Qualquer pessoa pode retirar o aparelho da janela, basta alguma força. Já o split requer alguém especializado, o que aumenta o custo da limpeza”, afirma Pereira.

E justamente a manutenção é que ajuda o consumidor a economizar ou pelo menos não gastar a mais, já que um aparelho sujo gera perda de rendimento, provoca queda d´água dentro do ambiente, dentre outros. A recomendação é que essa limpeza ocorra uma vez a cada ano. “O aparelho deve ser retirado e levado à oficina”, afirma.

Instalação é concorrida

Se há demanda, o preço sobe e o profissional acaba sendo disputadíssimo. É o caso do instalador Silvio Renato Duran, que faz entre quatro e cinco atendimentos por dia, junto ao sócio. O custo do serviço é de R$ 350. “Tem muita gente que cobra menos, mas o cliente precisa comprar o material – tubos de cobre, fios – o que dá na mesma”. Autônomo, Duran diz que a correria vale a pena e que há os domingos para descansar. “É um serviço que dá trabalho, exige responsabilidade e que pode dar problema, por isso é necessário ser profissional”, diz.

O mercado está tão interessante para o profissional da área que empresas estão realizando cursos para formar instaladores. A Mundo Maq, de São Paulo, realizou dois cursos no sábado passado em Rio Preto. São cerca de 100 alunos em cada turma, que investiram R$ 100 no treinamento. No ano passado, outros dois cursos foram promovidos na cidade e o próximo deve ocorrer em abril. “A maioria dos interessados está entrando no mercado pela falta de mão de obra, alta demanda e boa remuneração que oferece”, afirma o instrutor Ezequiel Gomes. Segundo ele, o curso é prático e não há pré-requisitos para participar.

Uso consciente de energia elétrica:

– Nos dias quentes, colocar o chuveiro na posição “verão” (o consumo será cerca de 30% menor), limpar periodicamente os orifícios de saída de água do chuveiro, tomar banhos mais rápidos;

– Dosar o uso do ar-condicionado e fechar bem os ambientes ao ligar o equipamento. Adquirir sempre equipamentos com o Selo ProcelEletrobras;

– Apagar a luz ao sair de um ambiente;

– Não dormir com a televisão ligada;

– Instalar a geladeira em local bem ventilado, não encostada em paredes ou móveis, longe de raios solares e fontes de calor; nunca utilizar a parte traseira da geladeira para secar panos ou roupas e não forrar as prateleiras da geladeira;

– Não deixar a porta da geladeira aberta por muito tempo e não se esquecer de manter as borrachas de vedação da porta em bom estado;

– Nos banheiros, cozinhas, lavanderia e garagem, instalar lâmpadas fluorescentes. Elas iluminam melhor, duram mais e gastam menos energia;

– Não usar benjamins (peça para ligar vários aparelhos a uma só tomada);

– Acumular roupas para lavar e para passar;

– O ferro elétrico tem regulagem de temperatura, o que pode torná-lo mais econômico;

– Nas máquinas de lavar e nos tanquinhos, utilize a quantidade de sabão recomendada.


Fonte -Diário Web

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