ANTECIPAR O CRESCIMENTO

Enquanto alguns indicadores sinalizam que o pior da crise econômica está ficando para trás, o ritmo de atividade da construção diminui. Como este setor alavanca o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), é preciso agir agora para evitar futuras reduções no volume de obras e as consequentes demissões.

Medidas de estímulo ao desenvolvimento, como concessões de rodovias e ferrovias, estão corretas. Mas devido ao longo ciclo de licitação, planejamento e produção, as obras resultantes e os novos empregos correspondentes a serem gerados ficarão para 2014/2015.

Boa parte dos recursos do Orçamento da União para obras de infraestrutura em 2012 ainda está disponível. O Estado e o Município de São Paulo também contam com recursos para esse fim. Está mais do que na hora de agilizar a execução orçamentária deste ano.

No tocante ao Programa Minha Casa, Minha Vida 2, persiste a falta de atratividade para a contratação de empreendimentos destinados a famílias com renda mensal de até R$ 1.600, a chamada faixa 1. O valor máximo que o governo federal se dispõe a pagar por moradia, de R$ 65 mil, é insuficiente justamente nas cidades que têm o maior déficit habitacional, como São Paulo. Por isto, decorridos 18 meses, o governo havia conseguido contratar apenas 20% da meta nacional de 1,2 milhão de moradias da faixa 1.

Mesmo o aporte complementar de R$ 20 mil do governo paulista para esses empreendimentos será insuficiente se o município não entrar com o terreno ou também com subsídios. A revisão do valor é urgente e necessária, da mesma forma que a intensificação das parcerias entre União, Estados e Municípios.

Já a indústria imobiliária tem se ajustado. Diminuiu o número de lançamentos, mas promete retomar o ritmo das novas ofertas.

Entretanto, muitos municípios ainda não modernizaram suas estruturas de aprovação de projetos imobiliários.

É preciso que as prefeituras informatizem esses procedimentos, aumentem o número de funcionários envolvidos e elevem a oferta de terrenos.
Construtoras e projetistas também precisam fazer a sua parte, instruindo corretamente os pedidos de aprovação. Para orientar o setor nesse sentido, o Sinduscon-SP promoverá o 5º Seminário de Legalização de Empreendimentos no Município de São Paulo, em 19 e 26 de setembro e 3 de outubro, em sua sede.

Técnicos de diversos órgãos públicos farão palestras e tirarão dúvidas sobre como aprovar empreendimentos imobiliários no município. Prometem ainda anunciar novidades que deverão agilizar a obtenção das aprovações. O evento, com vagas esgotadas e fila de espera, conta com o patrocínio das empresas Gerdau, Central de Seguros Sinduscon-SP e Brasil Insurance Status.

Em resumo: agilizar, desburocratizar e atrair investimentos são as tarefas do momento para se evitar demissões futuras na construção.


Fonte -Fonte: Folha de S. Paulo / Coluna Janela / Opinião do Sinduscon-SP

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