ANEEL QUER MUDANÇA NA COMPRA DE ENERGIA

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) quer que as distribuidoras de energia não sejam mais obrigadas por lei a manter 100% de sua energia contratada. No cenário atual, as distribuidoras estão sobrecontratadas já que as perspectivas de demanda, feitas no passado, não se concretizaram. Edvaldo Alves Santana, diretor da agência reguladora, defendeu 95% de contratação e ressaltou que a decisão não depende da Aneel, mas do governo.

“É melhor deixar uma margem para a distribuidora administrar. Mas isso não é fácil, não. O governo determinou a contratação de 100% porque quer ter contrato para ter sempre expansão, mas acho que 95% é suficiente para isso”, disse durante evento no Rio.

Já o secretário de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, minimizou os efeitos da sobrecontratação das distribuidoras. “É uma coisa boa, já que isso significa que nós temos segurança energética”, disse Ventura.

Santana afirmou que até terça-feira (17/04), uma decisão seria tomada, sobre a proposta da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), de suspender contratos de compra e venda de energia, firmados por distribuidoras sobrecontratadas e geradoras cujas usinas estão em atraso. Duas reuniões para decidir o assunto já foram canceladas nesta semana.

“O tema é muito complexo. O relator não está conseguindo fechar o voto com muita facilidade”, disse Santana. A medida prevê a redução retroativa de 104,1 MW médios relativos a 2011 e de 230,8 MW médios para 2012. Apesar do cenário, Ventura, que afirmou apoiar a Aneel no que ficar decidido, se disse otimista com o leilão de energia A-3, adiado de março para junho em função da baixa demanda por energia. “Nós estamos otimistas que ele vai acontecer”.

Na terça-feira (17/04), a Aneel previu a aprovação da regulação para energia solar. Mas Ventura destacou que o momento não é favorável para um leilão da fonte. Os preços ficariam por volta de R$ 350 por megawatts-hora, diante de R$ 100 em outras fontes.


Fonte -Fonte: Valor Econômico / Marta Nogueira

Compartilhe
Outras Notícias
Newsletter

Cadastre-se para receber nossos informativos.