Mercado cresceu 9 mil MWmed em relação a janeiro de 2013 enquanto a ENA caiu pela metade para 27 mil MWmed
A Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica acredita que o quadro operativo ainda não é de preocupação, pois ainda há tempo de recuperação já que o período úmido se estende até abril. Mas o quadro colocado merece atenção. Flávio Neiva, presidente da Abrage, lembra que a formação do PLD leva em consideração quatro fatores: nível dos reservatórios, afluência, oferta de energia e mercado.
Ou seja, a chegada do preço ao valor máximo de R$ 822,83/MWh se deve a fatores como o baixo nível dos reservatórios, a afluência abaixo da média para o mês de janeiro e a um mercado aquecido. “O mercado está 9 mil MW médios maior em janeiro deste ano do que em janeiro do ano passado. A oferta aumentou 6 mil MW, mas os reservatórios estão no mesmo nível de 41% do ano passado”, avaliou o executivo, lembrando que se em 2013 os reservatórios estavam em alta, agora estão em queda.
Fator que preocupa Neiva é que a Energia Natural Afluente caiu pela metade em relação ao ano passado de 52 mil MW médios para 27 mil MWmed. Com isso, os reservatórios não estão conseguindo se recuperar já que estão atendendo a um mercado aquecido, em média de 72 mil MWmed/dia, contra 63 mil MWmed ano passado. Além disso, o período da tarde, devido ao calor, está tendo picos de 83 mil MWmed.
Neiva disse que as previsões dão conta de que não haverá chuva relevante nos primeiros 10 dias de fevereiro. Essa tendência deve reforçar a necessidade de chuvas bem acima da média no período de fevereiro a abril para que a afluência volte pelo menos a média, compensando o déficit de janeiro.
“Dependemos do quadro hidrológico para termos uma reversão”, afirmou o executivo em entrevista à Agência CanalEnergia. A Abrage vai realizar uma reunião técnica interna no dia 11 de fevereiro para discutir a situação do sistema.
Fonte -Canal Energia.