UM MILHÃO E 300 MIL VAGAS ATÉ 2020

Os setores com mais oportunidades são dos de serviços, construção civil, indústria de transformação e comércio Henrique Moraes.

Os setores de serviços, construção civil, indústria de transformação (petróleo e gás e metal/mecânica) e comércio devem ser, juntos, responsáveis por mais de 1.380 milhão empregos no Rio de Janeiro até 2020. Numa média de 172,6 mil postos de trabalho por ano. O dado é da Secretaria de Estado de Trabalho e Renda (Setrab) que estima as áreas de turismo e hotelaria como as com mais carência de profissionais qualificados principalmente por conta dos grandes eventos.

As obras do Arco Metropolitano (ligando Itaboraí a Itaguaí) e do Porto Maravilha, na região central do Rio, estão entre os principais projetos de infraestrutura que estão gerando altos índices de empregabilidade. O Setrab informa ainda que as instalações das novas fábricas da Coca-Cola, em Duque de Caxias, e da Piraquê, em Queimados; e o Polo Automotivo no Sul Fluminense com montadoras do porte da MAN/Volkswagen, na produção de caminhões, Peugeot/Citroen, Nissan e Land Roover, também estão abrindo muito postos de trabalho no Estado. Os setores de petróleo e gás, no Norte Fluminense e por meio do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, e a área naval também estão incluídos.

“O poder de compra, que dá acesso aos bens de consumo, continuará incrementando serviços de transportes, administração de imóveis, comunicações, alimentação, hotelaria e ensino”, comenta Sérgio Romay, secretário estadual de Trabalho e Renda.

O secretário destaca as profissões que mais se destacarão até 2016. “Na área de serviços, serão o profissional de tecnologia da informação. Na área da construção civil, os técnicos habilitados e na indústria de transformação, principalmente petróleo e gás, os operadores e técnicos de processos em plataformas offshore”, informa Sérgio Romay.

Presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), Paulo Sardinha avalia que a maioria dos setores citados pelo Setrab estão ligados diretamente aos grandes eventos internacionais que já se realizaram e os que estão previstos para acontecer no estado. “O que provoca um aquecimento da economia fluminense e faz aumentar a oferta de empregos. Também podemos destacar neste cenário a Indústria Criativa, em particular a Moda, bem como, o segmento de Luxo”, comenta Sardinha.

O secretário do Trabalho Sérgio Romay ressalta que a educação básica volta a ter status de prioridade para despertar a importância da maior permanência do jovem na escola e o interesse pela qualificação continuada. “Os setores produtivos em expansão como petróleo & gás, automotivo, construção civil e o de serviços são áreas que requerem cada vez mais pessoas qualificadas pela exigência do consumidor que tem acesso às referências de mercados mais desenvolvidos e competitivos”, revela Sérgio Romay.

Falta de mão de obra qualificada é um dos entraves:
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), Paulo Sardinha, o Estado do Rio sofre com a falta de profissionais qualificados em diversos setores do mercado de trabalho. Para ele, há uma necessidade de mão-de-obra operacional estratégica, pronta para atuar. “A falta de mão de obra qualificada tornou-se um dos principais empecilhos para o aumento da produtividade, e o estudante – podendo ser do ensino médio, técnico, tecnológico ou superior – é a melhor saída que se tem para uma empresa”, avalia Sardinha.

O presidente da ABRH-RJ destaca que o profissional deve também investir no conhecimento de idiomas. “Há um grande número de empresas estrangeiras entrando no país e muitas empresas nacionais se internacionalizando, o que exige uma língua estrangeira”, orienta Sardinha.

TOME NOTA – 172,6 MIL:

É a média anual de postos de trabalho abertos até 2020 projetados pela Secretaria de Estado de Trabalho e Renda (Setrab). Entre 2007 e 2013 a secretaria informa que foram gerados 1.115.989 postos, dando uma média de 159 mil postos/ano.

FORMAÇÃO CONTINUADA:

Empresas também devem qualificar seus funcionários oferecendo cursos. De acordo com o presidente da ABRH-RJ), Paulo Sardinha, um dos principais desafios do setor de Recursos Humanos das empresas é a captação de gente qualificada. Para Sardinha, as corporações não podem mais se limitar a garimpar no mercado profissionais habilitados.

“É responsabilidade do RH incentivar soluções que estimulem as organizações a criar iniciativas que invistam em treinamento ou programas que subsidiem cursos para os colaboradores, investindo em qualificação, seja financiando a graduação ou pós-graduação de funcionários”, explica Sardinha. O especialista em RH informa ainda que parcerias com faculdades, a criação de suas universidades corporativas, além da realização periódica de cursos de atualização profissional também são opções de qualificação. “O importante é que sejam formações voltadas para suprir as necessidades da empresa”, diz Sardinha, acrescentando que o governo federal e os Estados vêm investindo no ensino técnico e em parcerias com empresas.


Fonte -Fonte: O Dia

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