TRANSFORMADORES DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO TERÃO ETIQUETA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Ministério de Minas e Energia aprova regulamentação específica da Etiqueta de Eficiência Energética em transformadores de redes de distribuição em líquido isolante.

Projetos permanentes de eficiência energética nas cidades são práticas que devem ser consideradas essenciais, e o esforço em prol da economia de energia está cada dia maior. Pensando nisso, o Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica), iniciou essa discussão em 2005, e a pedido da Eletrobras, em junho desse ano, foi aberto um projeto para o assunto. Desde então mais um novo produto foi aprovado no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e, portanto, vai receber em breve a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE).

Os transformadores de Distribuição em Líquido Isolante, novos e recondicionados, instalados nas redes brasileiras de distribuição elétrica, tiveram, a partir do dia 2 desse mês, a autorização de uma etiqueta para indicar o grau de consumo do aparelho. Semelhante ao que é aplicado em geladeiras, condicionadores de ar residenciais e outros equipamentos elétricos, a etiqueta mostrará ao mercado a eficiência e a qualidade dos transformadores.

Resultado de uma iniciativa da indústria do setor, a etiqueta é parte de um amplo trabalho que visa à regulamentação do equipamento pela Lei 10.295/2001, que prevê padrões mínimos de eficiência energética para aparelhos elétricos fabricados e comercializados no Brasil. Atualmente, os sete fabricantes ativos no país aderiram ao programa e estão envolvidos na iniciativa.

Inventado em 1831, os transformadores são dispositivos que por indução eletromagnética, transferem energia elétrica de um circuito a outro. Os indicadores de eficiência energética dos Transformadores de Distribuição em Líquido Isolante serão considerados pelas perdas em vazio, perdas máximas totais e perdas máximas críticas, e o responsável pelo ensaio adotado é o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), por meio do Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE.

Segundo o pesquisador e gerente de certificação do projeto, Carlos Sanguedo, quando as etiquetas estiverem 100% implantadas nos transformadores, resultará em uma economia anual de energia de aproximadamente de 1.516 GWh, equivalente hoje a R$ 468 milhões por ano. “Aumentar a eficiência energética das redes de distribuição, sinalizando a importância de incentivar as concessionárias brasileiras a investirem em desenvolvimento tecnológico”, completa.

Sanguedo explica também como é feito o acompanhamento junto aos fabricantes. “A cada seis meses, é coletada uma amostra pra verificar se o fabricante continua mantendo os valores e garantindo a qualidade do sistema. No momento, estamos preparando o segundo acompanhamento do programa e trabalhando na regulamentação de controle dos transformadores recondicionados”, exemplifica o pesquisador do Cepel.

Além disso, pesquisas realizadas no âmbito deste projeto indicam que as perdas em vazio devem baixar, em média, no caso de transformadores monofásicos, de 19 para 7%. Já nos transformadores trifásicos, esse valor diminui de 12 para 6%.

Para quem acha que a etiqueta dos Transformadores não fará diferença para o bolso, pode estar enganado. O consumidor final também estará economizando, pois os índices mínimos de eficiência energética dos transformadores irão reduzir as perdas técnicas de energia na rede de distribuição e, consequentemente, a conta de luz do cliente diminuirá.
O aumento do preço do transformador etiquetado, nesta primeira etapa do programa, é rapidamente absorvido pela capitalização da redução das perdas do transformador, considerando a livre concorrência de mercado com a mesma referência de limite de desempenho e implantação. Nas etapas subsequentes, cálculo de capitalização de perdas, desligamentos e vida do transformador vão balizar a definição da melhor compra.
Em linhas gerais, os principais objetivos da etiquetagem nos transformadores de distribuição é implantar um programa de controle de parâmetros garantidos bem rigoroso, estabelecendo um nível aceitável de desempenho. Além disso, garantir no mercado, um produto de reconhecimento nacional confirmado por um organismo independente. Também convém implantar um programa de premiação por selo de qualidade, de forma a incentivar o incremento do nível de desempenho.

A partir de janeiro de 2014, com base na portaria interministerial número 104, de 22 de março de 2013, somente poderão ser comercializados no Brasil transformadores etiquetados com base no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e, no prazo de dois anos, novos níveis de desempenho devem ser propostos, buscando os melhores desempenhos das máquinas e das tecnologias disponíveis, para uma rede de distribuição eficiente.

Confira a tabela com os modelos de Transformadores de Distribuição que serão etiquetados no Portal do Inmetro.


Fonte -Fonte: Procel Info / Ivana Varela

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