A estimativa, segundo o BNDES, é que o estado receba até R$ 8,5 bilhões de outorga e gere, pelo menos, 480 mil empregos, conforme projeção da Firjan. “Queremos ainda no primeiro trimestre de 2021 dar forma a esse leilão.”
Na oportunidade, o governador também reforçou a capacidade de recuperação da indústria do Rio de Janeiro diante da crise enfrentada em 2020. “A indústria colaborou para a retomada do crescimento e demonstrou que está preparada para os desafios. Foi notável a grande capacidade empresarial, intelectual e laboral do setor nesses últimos meses.”
O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, também frisou a importância da concessão da Cedae como o maior programa de geração de postos de trabalho no país e lembrou da mobilização da indústria para o enfrentamento da pandemia. “Os industriários foram os heróis da produção. Sairemos vitoriosos nessa recuperação do desenvolvimento econômico e social do nosso estado.”
Despachos setoriais
Para 2021, Cláudio Castro se comprometeu a realizar reuniões setoriais com a Firjan. A ideia é reunir os secretários para ouvir as demandas de empresários e representantes da Firjan a fim de reunir as demandas e ajudar na retomada do crescimento da indústria e do estado.
Ações para o próximo ano
Durante a reunião, o chefe do executivo estadual também falou sobre o plano de governo para o próximo ano. Em resposta ao questionamento do vice-presidente da Firjan Sul Fluminense, Henrique Nora Junior, sobre a dificuldade para emitir licenciamentos ambientais no interior do estado, Castro confirmou que existe um plano para facilitar esse processo.
“Com a digitalização dos serviços, queremos diminuir essa burocracia. Nosso estado hoje é muito “cartorizado” e, por conta disso, o empresário não consegue dar velocidade para as demandas que precisa”, complementou. Pauta comum entre o empresariado do Rio de Janeiro, a segurança do estado foi outro ponto levantado no encontro.
Roberto Leverone, presidente da Firjan Duque de Caxias e região, e Carlos Erane de Aguiar, presidente da Firjan Nova Iguaçu e região, comentaram sobre os impactos de episódios como roubo de cargas e ações do crime organizado sobre a atividade produtiva do estado.
“Os números de ocorrências estão caindo. Em novembro tivemos 34% menos ocorrências de roubo de carga em comparação a outubro, mas é claro que a ideia é aprimorar a parceria com a Polícia Federal e investir ainda mais no monitoramento de câmeras”, complementou.
Por fim, o presidente da Firjan Leste Fluminense, Luiz Césio Caetano, reforçou a necessidade de um olhar especial para o transporte de barcas, serviço essencial para o desenvolvimento da região, que registrou uma queda expressiva de passageiros nos últimos meses. O governador assegurou que a próxima concessão vai priorizar equilíbrio e segurança jurídica para o empresário que for assumir o serviço.
Fonte: firjan.com.br
Foto: Divulgação/firjan.com.br