O governo federal está negociando com bancos um aditivo ao empréstimo de 11,2 bilhões de reais para as distribuidoras de eletricidade que seja suficiente para, pelo menos, cobrir as liquidações do mercado de curto prazo de energia de julho e agosto, disse à Reuters uma fonte que acompanha as negociações.
Segundo essa mesma fonte, o valor desse aditivo deve superar a casa dos 2 bilhões de reais.
Somente em julho, o montante que precisa ser liquidado pelas distribuidoras, e que não está coberto pelas tarifas de energia elétrica, é de 1,3 bilhão de reais, referentes às operações do mercado de curto prazo de maio. Na quarta-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou para 31 de julho o pagamento desse 1,3 bilhão de reais, que deveria inicialmente ocorrer até a sexta-feira desta semana.
O adiamento teve como principal objetivo ganhar tempo para achar uma solução para ajudar as distribuidoras a fazer a liquidação sem comprometer suas finanças.
No final de abril, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) assinou contrato de empréstimo dos 11,2 bilhões de reais com um sindicato formado por: Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil, Citibank, BTG Pactual, Bank of America Merrill Lynch, JPMorgan e Credit Suisse.
Os recursos contratados na ocasião serviriam para cobrir as necessidades das distribuidoras ao longo deste ano, mas terminaram em junho diante dos altos custos das empresas com a compra de energia mais cara das termelétricas.
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