GOVERNO FEDERAL ANUNCIA PACOTE DE R$ 186 BILHÕES NO SETOR DE ENERGIA

Depois de provocar o desarranjo e a subida de preços no setor de energia, o governo brasileiro anunciou uma ambiciosa meta de investimentos, a maior parte deles para depois de 2018. Além de prometer investir para gerar e transmitir mais energia, o governo disse também que vai reduzir o valor da bandeira vermelha, aquela taxa cobrada pelo uso das termelétricas.

O investimento não vai ser feito de uma vez. Até 2018 são R$ 81 bilhões, mas a maior parte, R$ 105 bilhões, ficará para depois. A promessa é fazer leilões, nos próximos três anos, para novas usinas que vão aumentar a geração de energia em até 31 mil MW, o que representa 23% da capacidade do país, segundo estimativa do fim de 2014.
O governo também prevê construir quase 40 mil km de novas linhas de transmissão. O que o governo anunciou de mais imediato foi a redução do valor da taxa da bandeira vermelha, cobrada na conta de luz desde janeiro. A presidente Dilma disse que a redução vai ser possível porque 21 termelétricas foram desligadas. Isso deve levar a uma economia de R$ 5,5 bilhões.

“Isso vai permitir uma redução no custo da bandeira vermelha que a Aneel irá estabelecer e que se calcula que terá uma referência em torno de 15% a 20% na redução da bandeira”, anuncia a presidente Dilma Rousseff.

Não é o valor total da conta de luz que vai ser reduzido de 15% a 20%. A diminuição vai ser apenas na parte da cobrança da bandeira vermelha. Hoje o consumidor paga R$ 5,50 a cada 100 kWh de energia usados.

Em média, o consumo de uma residência no Brasil é de 160 kWh. Hoje uma família paga R$ 8,80 a mais na conta por causa da bandeira. A redução é sobre esse valor. Se for de 20%, a taxa cobrada, nesse caso, passa para R$ 7,04.

A política de bandeiras tarifárias é usada para compensar o aumento no custo da produção de energia. Ela sinaliza que ainda tem muita térmica, que produz energia cara, sendo usada.

Por isso, o diretor-geral da Aneel diz que a bandeira nas contas de luz deve continuar vermelha nos próximos meses. “Pelo cenário posto, não acho provável que no mês de setembro, outubro venha a mudar a bandeira de vermelha para amarela”, diz Romeu Rufino, diretor-geral da Aneel.


Fonte -Fonte: G1

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