O governo vai discutir a possibilidade de realização de um leilão para cobrir a necessidade de energia causada pela descontratação de cerca de 4.500 megawatts (MW) de distribuidoras, em 2015.
Segundo o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, haverá uma reunião ainda esta semana, no Ministério de Minas e Energia, em Brasília, para analisar a questão.
O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, ratificou a informação e disse que a análise levará em consideração, entre outros fatores, a possibilidade de entrega de energia por usinas com renovação de concessões.
— Na verdade, temos 4.700 megawatts médios. É muito. Só tem que ver como fazer.
Pela legislação, hoje se faz o leilão por pelo menos um ano, e no caso teria que ser por seis meses para não haver a sobrecontratação de energia, explicou o ministro.
Para Tolmasquim, a avaliação vai depender da decisão das distribuidoras.
— O que a gente tem que prever agora é como fazer isso, dado que tem as usinas que vão renovar a concessão. A distribuidora tem que fazer a previsão da carga para a gente fazer o leilão, e a distribuidora fica na dúvida entre fazer a previsão da carga, considerando as cotas das usinas que vão renovar a concessão, ou não considerando. Então, tem um elemento de incerteza para saber como viabilizar o leilão.
Segundo Tolmasquim, não há definição sobre fazer o leilão.
— Eu diria que é uma tendência, mas não está decidido. O normal é que tenha, só se a gente tiver um problema muito grande é que a gente não vai fazer.
O presidente da EPE adiantou que se o certame ocorrer, deve ser no fim do ano.
— A gente vai sentar. Tem uma reunião marcada para começar a discussão. É no ministério, não sei se amanhã (25) ou depois de amanhã (26).
Para o presidente, não será uma reunião decisiva.
— Isso é o início de um processo, vão ter várias reuniões. Terá que haver simulação, análise jurídica para poder tomar a decisão.
Fonte -Fonte: R7