Em evento realizado em um restaurante no Centro do Rio de Janeiro, a Eletrobras Procel lançou, na última terça-feira (05/06), o livro “Energia Solar para aquecimento de água no Brasil – Contribuições da Eletrobras Procel e parceiros”. A obra é responsável por unir o histórico dos avanços e as principais ações do setor nos últimos 15 anos, com seus benefícios para a sociedade e o meio ambiente.
“O livro organiza todo o conhecimento gerado pelas ações da Eletrobras Procel e disponibiliza para o público de uma maneira organizada e homogênea que permite uma fácil leitura”, afirma o gerente da Divisão de Eficiência Energética na Oferta (DTDO), Emerson Salvador.
Com o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), o livro retrata um breve histórico do mercado de sistemas de aquecimento solar (SAS) no Brasil, iniciado em 1970, e um panorama mundial e nacional dessa tecnologia, com informações provenientes da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) e da Pesquisa de Posse de Equipamentos e Hábitos de Uso.
A obra contempla: o controle de qualidade e de eficiência energética dos equipamentos, por meio do Selo Procel Eletrobras de Economia de Energia e da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia Elétrica e, como são avaliados seus impactos energéticos.
Abrange também alguns dos principais estudos na área, como o de Contagem (MG), que acompanhou por 10 anos instalações de aquecimento em uma comunidade; e outro realizado em âmbito nacional, que avaliou in loco a situação real desses sistemas nos mais variados segmentos. Ganha destaque também a criação da Rede Eletrobras Procel Solar, que tem o objetivo de disseminar programas de capacitação e fortalecer o mercado e seus agentes.
Esses estudos puderam servir de subsídios para elaboração do Plano Nacional do Ministério de Meio Ambiente, o Plano Estratégico Solar, que tem como meta alcançar 15 milhões de m² de sistemas de aquecimento solar instalados no país até 2015.
“No Brasil, nós temos, por ano, mais de 2 mil horas de sol e, por outro lado, menos de 1% das nossas residências utiliza esta energia para aquecimento de água. Temos trabalhado neste sentido de alavancar projetos para difundir o uso e promover projetos piloto”, ressalta Salvador. A classe A e B são as que mais vêm utilizando essa tecnologia, o projeto é acabar com o vazio que existe entre essas classes e a classe C e D, que serão mais beneficiadas com esse sistema e as que mais necessitam.
Em relação à meta do Plano Estratégico Solar, comenta: “Esta meta é muito ambiciosa, pois praticamente irá dobrar toda a área instalada que temos hoje no Brasil e, por isso, permitiu uma sinergia de vários atores, não só da cadeia produtiva, como também da acadêmica. Acho que o Brasil tem um potencial grande de exploração e tem condições de cumpri-la”.
A pesquisadora e professora da UNA (MG), Elizabeth Marques, ressalta que se não fosse o apoio da Eletrobras, não teria sido possível realizar o trabalho de disseminação dessa tecnologia, mudando paradigmas, como foi feito no Brasil.
Segundo a professora, o aquecimento solar para a baixa renda era considerado um sonho. As pessoas na Europa não conseguem entender como o Brasil faz 600 mil casas com aquecimento solar enquanto na Rússia, por exemplo, faz-se 30 casas.
Ela afirma que o programa Minha Casa, Minha Vida é considerado um orgulho para os pesquisadores e técnicos, referindo-se à obrigatoriedade, a partir de 2011, da instalação desses sistemas nas residências participantes do Programa, executado pela CAIXA.
O livro está disponível na íntegra para download no link abaixo. Lembrando que é preciso possuir registro no portal e estar logado para fazer o download.
www.procelinfo.com.br/livroenergiasolar
Fonte -Fonte: Procel Info / Brenno Marques e Lara Martinho