EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PODE DIMINUIR FATURA DE ENERGIA

Tecnologias permitem que eficiência energética chegue às residências e contribui para redução do custo de energia

Promover a eficiência energética pode ser simples como trocar uma lâmpada. Não, a frase anterior não é apenas uma metáfora selecionada para incentivar o pensamento da utilização energética mais eficiente. É sim uma verdade atual: a eficiência energética em instalações elétricas pode partir daí, simples assim, do comum ato de substituir o ícone da eletricidade.
Pouco mais de 100 anos depois de Thomas Edison anunciar o brilho do primeiro bulbo em 21 de outubro de 1879, lâmpadas mais modernas aparecem como uma das soluções para a otimização de sistemas elétricos.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a eficiência energética é proveniente de uma relação entre a quantidade de energia empregada em uma atividade e aquela disponibilizada para a sua realização. Desta forma, promover a eficiência energética é adotar medidas que proporcionam um melhor consumo dessas fontes de energia, reduzindo o custo operacional e os impactos ambientais, como explica o engenheiro eletricista da Eletrobras Procel, Rudney Espirito Santo:

“A eficiência energética além de garantir que o consumidor está utilizando a energia da melhor forma, faz ainda com que as perdas, o consumo de energia e, consequentemente, os custos ligados a ela sejam reduzidos. Podemos citar como exemplo a simples troca de um aparelho de ar condicionado. Ao se efetuar a troca de um aparelho ineficiente por um aparelho eficiente, facilmente identificado com o Selo Procel Eletrobras, o consumidor consegue diminuir o seu consumo de energia elétrica e, consequentemente, irá diminuir sua fatura de energia”, detalhou.

Em sistemas elétricos, Rudney conta que é possível encontrar dois tipos de perdas; as perdas técnicas e as perdas comerciais. As técnicas estão intrínsecas nos sistemas, inerentes ao processo, não podendo ser eliminadas, apenas reduzidas. Já as comerciais podem ser evitadas e consistem normalmente por erros de medição no consumo de energia, pela falta de calibração dos equipamentos de medição, por ligações clandestinas e outros fatores. Uma das formas de mitigar as perdas, como já citado pelo engenheiro, é a opção por equipamentos mais eficientes, e quando consideramos lâmpadas, uma simples escolha pode mudar o panorama.

“O uso de lâmpadas para a iluminação é um exemplo ainda mais fácil de compreender. Diria que a maioria dos projetos residenciais, há cerca de 15 anos, projetavam pontos de iluminação considerando lâmpadas incandescentes, normalmente de 60 ou 100W. Entretanto, atualmente, possuímos tecnologias mais eficientes para a iluminação que uma lâmpada incandescente”, observou, completando “Então peguemos como exemplo uma residência com dois pontos de iluminação de 60W na sala, troquemos a iluminação existente e façamos uma simples conta. Trocando as incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas de 15W, o consumo mensal da sala, que antes era 18 kWh, passou a ser 4,5 kWh. A iluminação da sala que antes contribuía com R$ 9,00 na fatura de energia, agora contribui com R$ 2,25. Além disso, as perdas por Efeito Joule são reduzidas em 1.500%, ou 16 vezes, na instalação elétrica”.

O apelo à eficiência energética é tão significativo hoje, que o mercado se movimenta, e opções surgem a cada dia. Entre as fabricantes, a Philips, por exemplo, colabora com o desenvolvimento de novas tecnologias e com a orientação ao consumidor. Segundo a diretora de marketing de produtos de iluminação da companhia, Marina Steagall, uma série de produtos mais eficientes já está circulando no mercado, enquanto o desenvolvimento de novas alternativas dentro da empresa não para.

”Atualmente, a Philips já disponibiliza a seus clientes alternativas que proporcionam menor consumo de energia, como lâmpadas halógenas, fluorescentes compactas e LEDs. Estimamos que o mercado de LEDs, a melhor solução em eficiência energética, representará 45% do mercado de iluminação em 2015, sendo que as taxas de crescimento nos últimos anos tem sido de mais de 30% ao ano. O avanço da tecnologia dos produtos também está se dando de maneira rápida, com aumento da eficiência energética e redução de custos”, revelou.

Ainda animada com a iluminação LED, Marina anuncia a LED Bulb, introduzida no mercado brasileiro, como uma opção de custo reduzido e de longa vida. Segundo a diretora, a criação da Philips pode ter vida útil de até 15 anos, superando em muito a velha lâmpada incandescente.

”A Philips lançou no mercado brasileiro, em julho, a LED Bulb, uma lâmpada de LED com custo reduzido. Além do preço, os diferenciais são a economia de energia de mais de 80%, a qualidade de luz e a vida útil de 15.000 horas, o que equivale a 15 vezes a vida de uma lâmpada incandescente comum”, explica Staegall.

Munidos desses dados, o consumidor se depara apenas para uma dúvida em mente: “o que fazer para tornar meu sistema mais eficiente hoje?” E para o questionamento, Rudney Espirito Santo mostra o caminho: “Para uma residência, deve-se prestar atenção nas dicas de economia de energia , adquirir equipamentos eficientes e procurar ler o manual dos equipamentos adquiridos que trazem muita informação sobre o consumo e as suas formas de utilização. Já para uma empresa, sugere-se a criação de comissões internas que tenham o objetivo de fiscalizar e incentivar o hábito eficiente de seus funcionários. Caso seja necessário algum estudo na instalação para implementar um projeto de eficiência energética, a dica é procurar um profissional ou uma empresa especializada em conservação de energia (ESCO) , para a realizar as intervenções necessárias em prol da eficiência energética.


Fonte -Fonte: Procel Info / Pedro Silva

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