O presidente do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, reuniu-se, no dia 24, com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e de Minas e Energia, Edison Lobão, para defender medidas que beneficiam as indústrias nacional e fluminense.
Eduardo Eugênio reforçou o pleito para adiar o início das amortizações da dívida de mais de 4700 empresários do Rio duramente atingidos pela tragédia das chuvas de janeiro de 2011 e que conseguiram crédito do BNDES para reerguer suas empresas.
Logo após o desastre climático que matou 918 pessoas na Região Serrana e arrasou a indústria local, o Sistema FIRJAN entrou em ação pela reconstrução das cidades atingidas e suas economias.
A Federação conseguiu, ao todo, a liberação de R$ 583 milhões para mais de 4700 empresas de 15 municípios, através da linha de financiamento do Programa Emergencial de Reconstrução dos Municípios Afetados por Desastres Naturais (PER) do BNDES. Agora, o prazo de carência para o início do pagamento do financiamento pelos empresários está acabando. Eduardo Eugenio se mostrou otimista em relação a um desfecho favorável aos empresários, após a reunião com o ministro Guido Mantega.
“Estamos envolvidos com a recuperação dos empresários desde o início. Pleiteamos, logo após a tragédia, esse financiamento porque muitos não tinham dinheiro sequer para pagar os funcionários. O ministro se mostrou favorável aos nossos argumentos”, disse Eduardo Eugênio, destacando que muitos empresários ainda não recuperaram a rentabilidade que tinham em seus negócios antes da tragédia.
A linha de financiamento BNDES PER atendeu empresas de Areal, Bom Jardim, Bom Jesus do Itabapoana, Italva, Macuco, Nova Friburgo, Petrópolis, Santa Maria Madalena, São Fidélis, São José do Vale do Rio Preto, São Sebastião do Alto, Sapucaia, Sumidouro, Teresópolis e Trajano de Morais.
Na reunião, Eduardo Eugenio também ressaltou ao ministro o peso que a multa adicional de 10% no FGTS acarreta às empresas, tornando-as menos competitivas. Estudo do FIRJAN mostrou que, só em 2011, essa multa significou um gasto adicional de R$ 3,6 bilhões para as empresas brasileiras.
“Esses 10% foram criados para corrigir o desequilíbrio das contas do FGTS após planos econômicos antigos. É um dinheiro que não vai para o trabalhador, virou simplesmente mais um imposto”, explicou Eduardo Eugênio. Como os recursos do FGTS já foram recompostos, lembra ele, o motivo que levou à criação dessa multa adicional não existe mais.
No final da tarde, no encontro com o ministro Edison Lobão, o Custo Brasil voltou à pauta. Eduardo Eugênio defendeu, mais uma vez, a importância da redução do custo da energia para a indústria a um patamar que torne o setor produtivo brasileiro mais competitivo.
Fonte -Fonte: Firjan