CONFIANÇA DA CONSTRUÇÃO SOBE PELO 2º MÊS CONSECUTIVO, DIZ FGV

O índice que mede a confiança da construção subiu em abril pela segunda vez consecutiva, segundo a Fundação Getulio Vargas. A alta foi de 0,2 ponto, atingindo 67,0 pontos. Segundo a instituição, no entanto, não foi suficiente para reverter a tendência de queda observada desde novembro de 2013. “O resultado sinaliza a persistência de um ritmo muito fraco de atividade neste segundo trimestre”, informa a FGV.

Segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE, a melhora, que veio do índice de expectativas, ainda é frágil e restrita a alguns segmentos. O indicador permanece muitos pontos abaixo do patamar otimista, o que não permite vislumbrar uma reversão da tendência de queda da atividade.

A suave elevação se deve à melhora da percepção das empresas em relação aos meses seguintes: o Índice de Expectativas avançou 1,1 ponto, alcançando 72,2 pontos. Nesse caso, a expectativa com a situação dos negócios para os próximos seis meses foi o que mais contribuiu para a alta no mês.

Já o Índice da Situação Atual apresentou a quarta queda consecutiva, ao recuar 0,6 ponto, alcançando 62,4 pontos, o menor nível da série iniciada em julho de 2010. O quesito que mais contribuiu negativamente foi o que mensura o grau de satisfação das empresas com a situação atual dos negócios.

“O declínio da atividade do setor vem impactando diretamente o mercado de trabalho e, em especial, a contratação de mão de obra qualificada”, diz a FGV.

Inflação da construção

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou taxa de variação de 0,41% em abril, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,79%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,29%, menor que o índice de 0,38% do mês anterior. O índice referente à mão de obra registrou variação de 0,52%, também menor que a taxa de variação de 1,16% do mês anterior. O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Cinco capitais apresentaram desaceleração em suas taxas de variação: Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Em contrapartida, Salvador e Porto Alegre registraram aceleração.

Fonte: G1

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