Aos poucos, a barreira do preço começa a ser superada pelas vantagens tecnológicas e ambientais e por programas de incentivo Consumidor tem mudança de comportamento após banimento das incandescentes acima de 60W, que acontece desde julho de 2013. A sustentabilidade e a busca por tecnologia de ponta estimulam as vendas de produtos eficientes, forçando a indústria de iluminação a diversificar seu portfólio de produtos e modelos para ganhar mercado frente também ao acirramento da concorrência. A retirada gradual das incandescentes de baixo rendimento do mercado, que iniciou em 30 de junho de 2012 e terá seu processo concluído em 2017, já influencia na mudança do padrão de consumo de lâmpadas do brasileiro. Na opinião do diretor de Marketing da Lâmpadas Golden, Flavio Takeda, um fluxo maior de pessoas migrará para a fluorescente compacta, conhecida como lâmpada econômica por sua durabilidade 8 vezes maior e com menor consumo de energia frente à incandescente. Já a migração direta para o LED, outra alternativa de iluminação ainda mais eficiente, tem sido feita por uma menor parcela da população. “As camadas de baixa renda, forçadas a fazer a migração de tecnologia com a retirada das incandescentes do mercado, buscam a alternativa mais barata disponível, no caso a lâmpada fria. Já uma parcela menor tem migrado diretamente para o LED porque gosta”, afirma Takeda.
Entre os que optam pelo LED, o quesito custo tem sido posto em segundo plano, prevalecendo aspectos relacionados a vantagens tecnológicas, tais como possibilidade de dimerização e controle de cor, temperatura de cor mais agradável frente à lâmpada fluorescente compacta e diversidade de formatos que imitam as incandescentes. Segundo Takeda, “neste grupo, a busca pela eficiência não é fator desencadeador de compra, mas uma decorrência”. A grande dificuldade que a indústria de lâmpadas enfrenta é garantir um retorno de investimento rápido frente ao preço ainda elevado da tecnologia LED. O executivo avalia que não existe dúvida quanto à vantagem do investimento, mas ressalta que “o consumidor doméstico ainda não consegue achar uma vantagem financeira imediata”. Ao longo se sua vida útil, que pode chegar a 14 anos, o LED se paga após 16 meses. Este tempo de retorno do investimento, contudo, tende a diminuir com o aumento da demanda. O executivo alerta o consumidor para estar atento à grande oferta de produtos com tecnologia LED no mercado com preços mais atrativos, porém com componentes de segunda linha que comprometem a qualidade e o desempenho. Em sua opinião, “esta enxurrada de produtos de baixa qualidade no mercado só será superada quando o governo incentivar um programa de normatização”.
Embora o consumo de LED no país venha crescendo cerca de 30% ao ano, segundo dados da Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação) ele representa somente 10% do consumo nacional. As indústrias de iluminação apostam no crescimento doméstico do LED. Segundo projeções da Golden, até 2017 cerca de 50% dos lares brasileiros usarão LED.
Já na área empresarial, apesar da inquestionável vantagem do LED sobre as outras tecnologias em termos de eficiência energética, sua adesão não corre no mesmo ritmo em todos os setores da economia. A demanda por luz acesa durante longos períodos do dia e a necessidade de economia colocam hotéis, estabelecimentos comerciais, postos de gasolina e hospitais como os maiores nichos de mercado no momento. No setor público, lugares de difícil acesso para manutenção têm encontrado no LED uma alternativa mais duradoura para geração de luz.
Devido ao elevado investimento, a indústria deverá ser um dos últimos setores a aderir ao LED, alerta Takeda. Apesar de sua vantagem na redução do consumo de energia e de não prejudicar o solo no descarte porque não possui metais pesados em sua composição, a indústria enfrenta dificuldade de abrir mão de recursos para investimento em equipamentos de iluminação de elevada eficiência. Para isso, a Golden criou um programa de incentivo que prevê o financiamento da linha LED para estabelecimentos empresariais. É uma alternativa que encontrou para estimular o desenvolvimento econômico sustentável através da aplicabilidade de produtos de iluminação com baixo consumo e maior durabilidade, sem descapitalizar as empresas. Com esta estratégia “é possível financiar o projeto, adquirir e instalar a tecnologia LED sem um desembolso inicial, visto que o valor que o cliente irá deixar de pagar na sua conta de luz, por conta da redução no consumo de energia e na manutenção, será transformado na parcela do financiamento. Após o término do mesmo, o cliente irá se beneficiar do valor economizado”, finaliza Takeda.
(*) A Golden estará presente no Greenbuilding Brasil 2013, que acontece de 27 a 29 de agosto, em São Paulo.
Fonte -Fonte: Guia Construir e Reformar