Projeção da Wood Mackenzie aponta que 78% das instalações serão no Brasil e Chile, apesar da desaceleração desses mercados.
O mercado solar fotovoltaico na América do Sul vai adicionar 160 GW entre 2025 e 2034, aponta novo relatório da consultoria Wood Mackenzie. Sob o título de “South America Solar PV Market Outlook 2025”, o estudo revela ainda que Brasil e Chile serão responsáveis por 78% do total de instalações.
Os projetos de menor escala, até a minigeração, no limite de 5 MW, representarão 48% do total implementado, em razão do crescimento da geração solar distribuída em todos os países da região.
Mesmo com a adição considerável, a Wood Mackenzie avalia que as instalações fotovoltaicas na América do Sul atingiram seu ápice em 2024, principalmente por conta da desaceleração registrada em projetos de GD e de geração centralizada no Brasil. “O setor deve desacelerar à medida que os mercados maduros se estabilizam, mas o crescimento é esperado nos mercados emergentes”, disse o analista sênior de energia e renováveis, Felix Delgado.
Para ele, mercados maduros, caso do Brasil e do Chile, enfrentam problemas de infraestrutura de transmissão atrasada e aumento das tarifas de transmissão para energia solar de pequena escala. Mas esses cenários, por outro lado, estimulam projetos de hibridização de usinas solares com armazenamento.
Ainda no caso brasileiro, o maior da região, a consultoria cita os incentivos expirados na geração distribuída e o excesso de oferta de energia e atrasos na expansão da transmissão na geração centralizada como fatores para a desaceleração. Além disso, chama a atenção para o aumento dos impostos de importação sobre módulos solares no País e disputas de interconexão de distribuidores como outros obstáculos. “No entanto, as adições de capacidade continuarão a ser impulsionadas por contratos de compra de energia (PPAs) no ambiente de mercado livre e instalações de geração distribuída”, diz o relatório.
No longo prazo, porém, o relatório indica que Brasil, Chile e Colômbia estão bem posicionados para capitalizar a crescente demanda por hidrogênio verde, impulsionando as adições de capacidade solar e diversificando o cenário energético da região.
Fonte matéria: arandanet.com.br/revista/