Eficiência energética já permite reduzir conta de luz em até 80%

Tópico: Firjan | Veículo: O Fluminense | Data: 07/04/2019 | Página: 4 | Editoria: CIDADES

 

Serviço está sendo oferecido por empresas em várias cidades do Estado

Ulisses Dávila
ulisses.davila@ofluminense.com.br

 

Imóvel ou terreno precisa ter espaço para instalação dos painéis fotovoltaicos

Imóvel ou terreno precisa ter espaço para instalação dos painéis fotovoltaicos

 

O Brasil ocupa o primeiro lugar do ranking quando o assunto é o preço da energia em relação ao salário mínimo, seguido do Chile e Peru (ambos com 9,8%) e Portugal (8,1%). De acordo com uma pesquisa do Centro Técnico Científico da PUC-Rio, o brasileiro gasta, em média, 17% do seu ganho mensal com a conta de energia elétrica de sua residência. Em razão disso, o Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro (Sindistal) disponibiliza o Programa de Gestão em Eficiência Energética (PGEE), uma iniciativa que pode reduzir em até 80% o valor da tarifa. Niterói já é uma das cidades que mais solicita o programa que recentemente passou a ser disponibilizado para residenciais.

O PGEE atua em todo o estado facilitando o acesso à aplicação de sistemas fotovoltaicos, painéis de energia solar, geradores a gás e outras soluções técnicas para reduzir e otimizar o consumo de energia elétrica. A economia varia de 30% a 80%, dependendo do perfil do consumidor e das características da instalação.

Toda fase de diagnóstico é gratuita e na implantação, o investimento mínimo fica em torno de R$ 15 mil. Sendo que PGEE possui parceria com 9 linhas de crédito que financiam a implantação em até 60 meses.

Com a marca de 1.200 solicitações, atualmente o sindicato possui em sua Central de Serviços cerca de 130 empresas cadastradas, certificadas a prestarem serviços referentes ao PGEE, sendo 26 empresas de sistemas fotovoltaicos, 45 de sistema de energia elétrica e 68 de sistema a gás.

“O Sindistal foi demandado pela Firjan e Sebrae como canal de acesso entre empresas fornecedoras e mercado consumidor, até que se chegou ao PGEE, em 2015. É um programa com diversas fases que inicialmente foi validado em determinados segmentos, e depois ampliado. Também faz parte do PGEE a qualificação das empresas associadas através treinamento e monitoramento contínuo”, destaca o presidente do Sindistal, Fernando Cancella.

Entre as opções mais sugeridas está o sistema fotovoltaico, que utiliza placas que convertem o calor gerado pelo sol em energia elétrica. A energia solar fotovoltaica tem sido a melhor opção para quem deseja reduzir o gasto mensal com a energia elétrica, além de ser uma fonte limpa e renovável. A médio prazo, o acaba sendo pago pelos recursos economizados na conta de energia.

“No caso das residências, são projetos com capacidade de gerar uma potência capaz de gerar uma economia mensal de até R$ 600 na conta de luz. É possível utilizar energia solar mesmo em apartamentos, desde que haja área disponível no teto do prédio e o condomínio autorize. Também é possível fornecer esse serviço de maneira remota, com a utilização de material fotovoltaico instalado em outro local, desde que na área de concessão da mesma concessionária de energia. A média é de 25 anos de vida útil desses equipamentos. Neste período, dependendo da faixa de consumo, é possível economizar pelo menos R$ 350 mil. Sem falar na redução da emissão de carbono na natureza e redução dos impactos ambientais”, ressalta Pablo Dornelles, proprietário da empresa Sol Fortes Engenharia Ambiental, que atende ao programa.

Hoje, a demanda maior pelo programa no estado é no Rio de Janeiro, capital. Mas Niterói já é a segunda cidade no estado que mais solicita nossos diagnósticos. O crescimento médio de solicitações no leste fluminense aumentou em 20% em 2018 e a projeção de crescimento é de manter o mesmo patamar para este ano.

“Procuramos uma alternativa para que pudéssemos oferecer mais conforto para os nossos alunos, principalmente com a utilização de ar condicionado. No caso da nossa escola, a energia solar atendeu perfeitamente essa necessidade” conclui Irmã Lidia Colares, secretária do Colégio Nossa Senhora das Dores, em São Gonçalo, que aderiu ao Programa de Gestão em Eficiência Energética há um ano.

 

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