Quando se pensa em um futuro até 2050 e considerando que até 2030 o cenário para recursos hidrelétricos deve estar esgotado, você abre espaço para todo tipo de energia, e o gás natural é uma delas. A projeção é do coordenador geral do Núcleo de Estudos Estratégicos de Energia da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (Ministério de Minas e Energia), João Antônio Moreira Patusco.Por ser um combustível nobre, o gás natural está associado a indústrias de alto valor agregado e, em tempos de crise hídrica e elevado preço de energia elétrica, pode ganhar ainda mais espaço na matriz energética brasileira.
Em boletim divulgado recentemente, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apontou dados de que a produção do insumo teve o melhor aproveitamento já registrado, sendo 96,6% dos 95,4 milhões de metros cúbicos produzidos em fevereiro de 2015. A produção segue o mesmo ritmo relatado na 94ª edição do Boletim Mensal da Indústria do Gás Natural, elaborado pela Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), que divulgou que o consumo médio de gás cresceu 11,6% em 2014.
De acordo com Patusco, o gás não deverá assumir o protagonismo na matriz energética nacional, mas terá papel fundamental ao lado de fontes que também vêm ganhando espaço, como a eólica e a solar. “O Brasil sempre teve uma matriz bastante diversificada, com múltiplos recursos, então há espaço para todas as fontes. Isto fica ainda mais claro quando fazemos uma projeção ”, diz.
Fonte -Fonte: GásNet