CNI LANÇA REDE PARA DEBATER MUDANÇA CLIMÁTICA

Se depender da indústria no Brasil, o plano setorial de mitigação e adaptação à mudança do clima, que tem 15 de dezembro como prazo legal para ficar pronto, não terá uma meta de redução de emissões de gases de efeito estufa. “Vamos nos comprometer com o passo a passo”, diz Paula Bennati, a especialista no assunto da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Mas antes de ter um número temos que conhecer melhor o perfil das emissões industriais e qual a dimensão dos esforços para implementar os cortes.”

A Política Nacional sobre Mudança do Clima determina que sejam publicados, até o meio de dezembro, planos setoriais que indiquem como será feita a redução de emissão de gases-estufa até 2020. A iniciativa está relacionada aos compromissos brasileiros assumidos na conferência do clima de Copenhague, em 2009. Ali se definiu como meta nacional voluntária reduzir a curva de crescimento das emissões brasileiras entre 36% e 39% até 2020. “A economia de baixo carbono, respeitadas as diferenças entre grandes e pequenas empresas, é um caminho que a indústria quer percorrer”, diz Paula.

A CNI lançou na quarta-feira (14/09), em Brasília, a Rede Clima da Indústria Nacional com a intenção de tornar ágil a troca de informações dos diversos setores empresariais. “É uma plataforma para qualificar o debate e definir posicionamentos dentro do complexo tema da mudança climática e que envolve aspectos de mercado”, explica. O que a indústria teme, por exemplo, é se comprometer com objetivos que afetem a competitividade internacional. A Rede Clima pretende envolver federações industriais dos Estados, associações setoriais e as empresas mais atuantes no tema.


Fonte -Fonte: Daniela Chiaretti / Valor Econômico

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