ELETROBRAS PROCEL INCENTIVA PRÉDIOS SUSTENTÁVEIS

Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica promove uso eficiente da energia elétrica em edificações.

A busca pelo consumo eficiente de luz e água é constante tanto para os cidadãos quanto para o governo. Pensando nisso o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) passou a atuar na promoção de eficiência energética em edificações. A intenção é promover o uso racional da eletricidade nos edifícios reduzindo assim os gastos desnecessários de energia e os impactos sobre o meio ambiente. O programa auxilia o uso eficiente da energia elétrica nos prédios desde sua fundação e tem como objetivo incentivar a conservação e a utilização consciente dos recursos naturais (água, luz, ventilação, etc).

Com a estabilidade econômica, a alta taxa de urbanização e a expansão de serviços há um crescimento cada vez maior do consumo de energia. E somado a isso temos o atual cenário no fornecimento de energia no país. De acordo com o Balanço Energético Nacional de 2013, 48% da energia elétrica produzida no país é consumida pelas edificações comerciais e residenciais, em sua operação e manutenção que inclui seus sistemas artificiais, para o conforto do ambiente para os seus usuários, como iluminação, climatização e aquecimento de água.

Estima-se que a economia de eletricidade conseguida, considerando os padrões instituídos pela etiquetagem, pode chegar até 30% em edificações já existentes e a até 50% em prédios novos.

Os prédios que se encaixam neste modelo, a fim de evitar o consumo exagerado de energia, conseguem a certificação da etiqueta PBE Edifica que possui uma classificação que vai do nível A (mais eficiente) ao E (menos eficiente). No Brasil já existem alguns prédios com essa certificação e que contribuem com o meio ambiente. A Eletrosul é um exemplo. A empresa tem como objetivo o compromisso com a sustentabilidade nas suas novas instalações. Em abril de 2013, inaugurou seu primeiro prédio de uso administrativo, que obteve a etiqueta de nível A em eficiência energética. As instalações do Setor de Manutenção de Campos Novos (SC) dispõem de recursos arquitetônicos para aproveitar melhor a luz natural, isolação térmica e uso racional da água.

Em setembro do mesmo ano, o edifício sede da Eletrosul, em Florianópolis, também recebeu a etiqueta nível A de eficiência energética. Suas instalações foram projetadas de forma a reduzir o consumo de energia elétrica nos sistemas de climatização e iluminação.

A intenção da Eletrosul é que todos seus projetos arquitetônicos sejam avaliados e ajustados dentro do conceito de eficiência energética.

Segundo o gerente da Assessoria de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, Jorge Luis Alves, “uma construção sustentável, hoje, tem custo quase equivalente ao de uma construção convencional. Dependendo das tecnologias adotadas, esses valores podem variar até 10% a mais – um investimento adicional rapidamente revertido em decorrência da economia no custo operacional”. A redução no consumo de energia e de água pode ser de até 60% e 40%, respectivamente.

A empresa além de evitar o desperdício dos recursos naturais ainda consegue economizar. O resultado financeiro também é um bom motivo para que empresas privadas e órgãos públicos pensem nas construções dos prédios sustentáveis.

A questão financeira é um fator importante para se pensar na construção de edifícios sustentáveis. Ao contrário do que muitos pensam nem sempre se gasta mais para fazer um prédio desses. Suênia Sousa, gerente do Centro Sebrae de Sustentabilidade de Cuiabá (MT), garante que os custos são iguais. É possível investir em uma construção sustentável e pagar o mesmo valor que um prédio normal.

O Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS), em Cuiabá, foi cuidadosamente projetado e construído de acordo com os princípios da construção sustentável. O prédio é outro exemplo de eficiência energética no país. Em outubro de 2013, o edifício-sede conquistou a certificação Procel Edifica com nível A. Entre as características da edificação se destacam: a iluminação natural, preservação da vegetação nativa, aproveitamento da água da chuva no sistema de abastecimento e manutenção, menor impacto possível do terreno, e utilização de materiais de baixo impacto ambiental.

O Centro pretende gerar e difundir conhecimentos e práticas em sustentabilidade, aplicadas às micro e pequenas empresas distribuídas pelo país. O propósito do CSS “é ser um ambiente de laboratório vivo para mostrar aos pequenos empresários que a sustentabilidade é possível nas construções e nos negócios” afirma a gerente. O espaço recebe durante o ano mais de seis mil visitantes que desejam conhecer melhor o tema sustentabilidade.

“Nosso objetivo é conscientizar a classe empresarial de que é possível ser sustentável. Nós pensamos no pequeno empresário e mostramos que ele pode construir de forma eficiente sem gastar a mais do que o planejado” comenta Suênia.

E quem sai ganhando não são apenas os responsáveis pelos prédios (empresas privadas e órgão públicos), mas também a sociedade e, principalmente, o meio ambiente.


Fonte -Fonte: Procel Info / Débora Bravo

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