A Light registrou, em 2012, lucro líquido de R$ 423,9 milhões, representando um crescimento de 24% sobre o obtido em 2011 (R$ 342 milhões). No último trimestre de 2012, este resultado foi de R$ 160 milhões, ante R$ 131,9 milhões alcançados no mesmo trimestre do ano anterior, resultando no aumento de 21,3% no comparativo entre os períodos.
Os resultados estão baseados em um melhor desempenho operacional da empresa no ano passado. O consumo total de energia faturada cresceu 2,0% em relação a 2011, chegando a 23,3 mil GWh. Considerando o consumo que deixou de ser faturado pela mudança de critério no tratamento dos clientes com inadimplência de longa data, o aumento no consumo total de energia na área de concessão, em 2012, seria de 3% na comparação com 2011. Somente no quarto trimestre de 2012, o consumo foi 5,2% superior ao mesmo período do ano anterior, alcançando 5.965 GWh, influenciado pela maior temperatura e pelo aumento do consumo no segmento comercial, que cresceu 13,5%.
Já a Receita Líquida consolidada de 2012, desconsiderando a receita de construção, foi de R$ 6.943,8 milhões, 12,9% a mais do que o totalizado em 2011 (R$ 6.150,1 milhões). A Receita Líquida consolidada no último trimestre chegou a R$ 1.963,6 milhões, 24,5% acima da registrada no 4T11. Todos os segmentos de negócio da companhia apresentaram crescimento de receita, com destaque para a atividade de distribuição, com aumento de 23,1%.
No ano, o EBITDA (lucro antes de impostos, depreciações e amortização) consolidado da Light foi de R$ 1.456,2 milhões, estabelecendo aumento de 17,7% em relação a 2011. A margem EBITDA foi de 21,0%, representando um aumento de 0,9 p.p ante o ano anterior. Este resultado foi também influenciado pela maior receita líquida do ano, tendo em vista o crescimento de 2,0% no mercado total. Vale ressaltar que, se considerarmos os ativos e passivos regulatórios (CVA), não registrados na demonstração de resultados, o EBITDA ajustado teria sido de R$ 1.781,6 milhões, 34,5% maior que o valor do mesmo período anterior.
O EBITDA consolidado do trimestre foi de R$ 483,9 milhões, 49,5% superior ao alcançado no 4T11, resultado impactado pelo crescimento de 5,2% no consumo de energia. A margem EBITDA do trimestre foi de 24,6%, ante 20,5% no 4T11.
Outro destaque do ano foi o incremento na taxa de arrecadação, que atingiu 98,0% do faturamento, 0,6 p.p. acima do nível observado em 2011. Somente o segmento de varejo apresentou um crescimento de 2,1 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado. O bom desempenho das taxas de arrecadação é consequência da continuidade das ações do programa de combate à inadimplência, tais como: (i) mudança de critério no tratamento de clientes com inadimplência de longa data no primeiro semestre; (ii) campanhas de cobrança mais efetivas; (iii) aumento contínuo da instalação de medidores eletrônicos; e (iv) crescimento no volume de cortes e de negativações em 17,3% e 47,2%, respectivamente, na comparação ano contra ano.
A dívida bruta da Light, em 31 de dezembro de 2012, foi de R$ 4.666,0 milhões, uma redução de 3,1% em relação à posição de setembro de 2012. Em relação a dezembro de 2011, a dívida bruta aumentou em 12,1% em função dos investimentos e aquisições de participações em outras empresas.
Investimentos:
No ano de 2012, a Light realizou investimentos da ordem de R$ 796,8 milhões. O segmento de distribuição concentrou o maior volume, com inversões de R$ 694,1 milhões, representando 87,1% do total.
Dentre o realizado, se destacam os investimentos direcionados ao desenvolvimento de redes de distribuição e expansão, com o intuito de atender ao crescimento de mercado, aumentar a robustez da rede e melhorar a qualidade, no valor de R$ 338,5 milhões. Além destes, merecem destaque também o projeto de perdas de energia (blindagem de rede, sistema de medição eletrônica e regularização de fraudes), no qual foi investido o montante de R$ 199,8 milhões. Os investimentos na rede subterrânea estão incluídos nos da rede de distribuição e da melhoria da qualidade.
No segmento de geração, os investimentos somaram R$ 25,7 milhões no ano, sendo R$ 23,7 milhões referentes à modernização e manutenção do parque gerador existente.
Os investimentos em comercialização e eficiência energética passaram de R$ 2,1 milhões em 2011 para R$ 26,1 milhões em 2012. Destes, R$ 25,4 milhões são referentes ao projeto de cogeração realizado junto a uma grande indústria de bebidas.
Fonte -Fonte: TN Petróleo