A qualquer momento, a Petrobrás deve anunciar oficialmente a paralisação por pelo menos dois meses de todas as obras que estão sendo realizadas no Comperj. Já houve uma reunião com as autoridades municipais de Itaboraí, a Vigilância Sanitária e a própria Petrobrás para avaliar a questão dos funcionários que realizam as obras no complexo petroquímico. Por enquanto, há uma paralisação parcial de 70% das atividades que estão sendo realizadas, como as obras de construção da Unidade de Tratamento de Gás ( UPGN), da chinesa Kerui, as obras de utilidade, sendo realizada por um consórcio liderado pela Toyo Setal e as obras do Flare, sendo realizadas pela MIP.
Os trabalhadores devem ser colocados em férias coletivas para evitar a disseminação do coronavírus. Alguns funcionários disseram que eram mantidos em condições precárias com passíveis de contaminação em alojamentos e no transporte para o local. As reclamações também partiram de parentes de trabalhadores. A Petrobrás, responsável pelo Comperj, garantiu que já estava tomando providências para reduzir o efetivo de trabalhadores nas obras desde o dia 16, quando foi decretada emergência em saúde pública no estado. Entre as ações, a estatal mencionou a verificação diária da temperatura de todos os operários e escalonamento de turnos, ajustes no refeitório e transporte. A falta de condições de segurança também foi motivo de ação pública, de autoria do vereador Jones Moura, Presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara do Rio.